Adão Silva teme que a ULS possa ser uma “armadilha”

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Ter, 01/02/2011 - 09:19


Adão Silva aplaude a criação de uma Unidade Local de Saúde (ULS) no distrito de Bragança mas alerta para que esta iniciativa não se torne numa armadilha. O deputado do PSD na Assembleia da República, pelo distrito, diz que à partida é uma boa ideia juntar os cuidados primários com os diferenciados numa só estrutura administrativa.  

Mas espera que este sistema não esteja a ser impulsionado por razões economicistas.

“Temos muito a ganhar em relação a isso tendo em conta o interesse dos cidadãos. Eu sempre estive muito de acordo com esta criação” afirma, acrescentando, por outro lado, que “é importante que esta unidade não seja impulsionada por razões economicistas, reduzindo ao mínimo possível os gastos com a saúde da população. Isto era uma armadilha e espero que isso não esteja a acontecer”.

 

Apesar disso, Adão Silva espera que a criação da Unidade Local de Saúde signifique melhorias na prestação dos serviços nomeadamente “um apetrechamento tecnológico para dar respostas mais rápidas às populações e até a possibilidade de colocar nos centros de saúde que até agora estão confinadas aos hospitais como é o caso de pediatria” sugere.

 

Sobre a possibilidade de virem a ser extintos os médicos à chamada nos Serviços de Atendimento Permanente, Adão Silva manifesta-se preocupado.

“Se vierem a fechar é por uma decisão autónoma do Governo e não pode ter nada a ver com a criação de uma ULS pois isso seria péssimo” considera. “Deve haver muita ponderação nesse aspecto porque se não a criação da ULS era uma armadilha, era um instrumento para reduzir custos e suprimir cuidados de saúde às populações” acrescenta.

 

A criação de uma Unidade Local de Saúde no distrito de Bragança vai agrupar numa só gestão os três hospitais e os centros de saúde do ACES Nordeste, permitindo uma poupança de 12 milhões de euros no primeiro ano.

Escrito por Brigantia