Qui, 05/12/2024 - 10:11
A ideia é de garantir a segurança dos territórios transfronteiriços, segundo esclareceu o comandante do comando distrital de Bragança, Lobo de Carvalho, após a reunião que decorreu em Torre de Moncorvo. “São abordados diversos temas de cariz operacional, onde se abordam informações de natureza policial e que vão, depois, reverter para os bons resultados operacionais que são apresentados. Nós sabemos que a realidade das regiões de fronteira é bem diferente das regiões mais populosas das zonas litorais, mas não são por isso menos importantes. Temos desafios significativos e que obrigam a uma articulação permanente entre as forças do Reino de Espanha e de Portugal. A criminalidade não tem fronteiras”.
Para além dos crimes ambientais, o que preocupa tanto portugueses como espanhóis, são crimes contra o património, segurança rodoviária e, cada vez mais, o desaparecimento de pessoas na região ibérica. “Há uma outra realidade que, em si, não constitui um crime, mas constitui uma problemática e é uma área para a qual estamos muito focados e para a qual o comando de Salamanca também tem já uma grande escola feita, que é as pessoas desaparecidas. Sabemos o que é que significa um desaparecido numa área territorial com esta vastidão, com esta orografia e com este clima tão adverso, durante todo o ano, e o que é que isso implica para os meios policiais que são empregues no terreno. E, muitas vezes, eles podem acontecer precisamente nesta área de fronteira. Isto obriga a uma grande articulação, uma grande proximidade. O que nós queremos é ter um produto operacional que garanta a segurança às pessoas”.
Em relação às operações contra o tráfico de droga, o comandante afirmou que é um assunto que tem sempre uma atenção especial por parte das forças policiais ibéricas.
Do lado espanhol, o chefe do comando de Salamanca da Guardia Civil de Salamanca, Pedro Merino, avançou que esta cooperação faz parte de um acordo entre as duas intuições a nível nacional. “A raia diz tudo. Temos em comum, não só o espaço geográfico, mas a mesma problemática, em relação à população e à delinquência. E une-nos para resolver essas problemáticas. Esta reunião não se fica por aqui”.
Estas reuniões entre as forças policiais portuguesas e espanholas acontecem a cada seis meses, nos dois países, para poderem articular acções de segurança transfronteiriças.
Escrito por Brigantia