Qua, 13/11/2024 - 09:04
A ANACOM esteve nas localidades, há cerca de um ano, para resolver o problema, mas, segundo João Salsas, presidente de Junta de Freguesia de Ala e Vilarinho do Monte, a situação ficou ainda pior. “No ano passado andaram a instalar novas antenas. Criou-se uma expectativa muito alta com a rede, mas afinal estamos pior. Nós já fizemos uma reclamação à ANACOM e a resposta foi vaga, enfim. Eu, como presidente da Junta de Freguesia empenhei-me no assunto. Tentei ajudar, para a instalação da antena. As pessoas criaram uma espectativa muito alta. Se estávamos mal, acabamos por ficar pior”.
Há alguns meses foram instaladas antenas mas de nada serviu. “Houve um conjunto de instalações de antenas há um ano, em vários sítios. Não sei se na nossa aldeia foi instalada ou não. Eu empenhei-me na ajuda do terreno, e ajudei a empresa na altura para arranjar o terreno. Ou seja, não valeu a pena. A verdade é que a junta de freguesia não investiu nada, mas se estávamos mal, agora estamos muito pior. A MEO, que é detentora da licença aqui, é a que vai funcionando melhor. Mas no que toca às outras operadoras estamos pior. Eu para falar consigo, andei à procura de rede e não me posso mexer. A única aldeia da freguesia que estava mal servida e ficou melhor foi Meles”.
Com a falta de rede há vários contrangimentos, para os residentes e para quem visita as aldeias. Os problemas também são muitos para quem faz teletrabalho. O presidente da junta diz que há diversas queixas. “As pessoas reclamam. Imagine as pessoas que queiram vir fazer tele-trabalho, é impossível. Ou até mesmo passar o fim de semana, ou de férias. As pessoas acabam por não vir porque não têm hipótese de trabalharem aqui. Quando começou o processo, as pessoas perguntavam, mas depois desistiram de vir porque as condições não melhoraram. E estão sempre a reclamar”.
Em resposta à Junta de Freguesia de Ala e Vilarinho do Monte, a ANACOM disse que “os operadores não estão obrigados a garantir a cobertura total do território e da população nacional”. Reconheceu ainda que “continuam a existir localidades e freguesias com níveis de cobertura reduzidos”, que “afectam a qualidade das comunicações electrónicas ou mesmo a sua realização”, com “prejuízo para as populações”, pelo que continua a ser uma “preocupação” da entidade a “melhoria dessas situações”, no âmbito das suas “competências”.
Contactada, a ANACOM solicitou um pedido de esclarecimentos por escrito, que estamos a aguardar.
Escrito por Onda Livre (CIR)