Seg, 07/10/2024 - 08:53
Há uma semana que acabou o ajuste directo da ligação Bragança-Portimão e a rota deixou de ser feita, porque também não há resultado do concurso público.
Pedro Lima disse que não é aceitável toda a burocracia que está a dificultar o aval do Tribunal de Contas. “Não compreendemos porque não é aceitável. Por mais problemas burocráticos de contratação, por mais dificuldades que tenham existindo, não compreendemos como é que paralelamente àquilo que alguns atropelos no passado em relação aos ajustes directos, devida ter sido pensada uma solução que garantisse a ligação, portanto não podia ser pura e simplesmente ‘vamos ficar sem avião’, não pode”, apontou.
Ainda assim, o também autarca de Vila Flor considera que o Governo fará os possíveis para que a ligação seja reposta o mais rápido possível. “Acreditamos que o processo vai ser revertido e que se irá chegar a uma resolução contento da região e do país, porque este avião significava uma forma de coesão territorial, de acesso aos mesmos meios de deslocação que temos no resto do país, nomeadamente no Litoral, se calhar em demasia”, disse.
Pedro Lima apontou ainda o dedo aos anteriores governos, que deixaram sempre a região para trás no que toca a vias de comunicação e digital. “O território está esquecido no Plano Ferroviário Nacional. Lembro que o território foi o último a ser contemplada com vias rodoviárias de auto-estradas e também que na vida digital, que também é uma via de comunicação muito importante nos dias de hoje, ainda estamos expectantes para uma cobertura total do nosso território”, criticou.
A Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes tem estado em conversações com o Governo, para a reposição da ligação aérea Bragança-Portimão e vai reunir com todos os autarcas dos nove municípios que a compõe para tomarem uma posição.
A CIM abrange os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Mogadouro, Miranda do Douro, Vinhais, Vila Flor e Vimioso.
Escrito por Brigantia