Ter, 01/10/2024 - 11:05
A Assembleia Municipal de Mirandela aprovou, por unanimidade, uma moção a reclamar à administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste que invista na requalificação do heliporto do Hospital de Mirandela. O objectivo é certificar o heliporto pela Autoridade Nacional de Aviação Civil para missões de emergência médica.
Actualmente, o heliporto não tem condições para aterragem. A alternativa é o campo de relvado sintético da Reginorde, a dois quilómetros do hospital. Segundo o deputado municipal do PS, Luís Soares, isso pode atrasar a recuperação de doentes instáveis. “Qualquer necessidade de transferir um doente da urgência do Hospital de Mirandela, por exemplo, para uma urgência central do Porto, o helicóptero do Serviço de Emergência Médica precisa de aterrar no campo da Reginorde, utilizar uma ambulância para fazer a trasfega do doente, que diz estar a cerca de dois quilómetros do serviço de urgência, porque o heliporto do hospital não se encontra certificado para este tipo de missões. A ULS ainda não desencadeou junto da ANAC, a entidade que certifica este tipo de equipamentos, a garantia que haja uma certificação para que o heliporto pudesse funcionar em regime de 24 horas, como por exemplo o Hospital de Bragança neste momento tem. E é isto que pedimos”, referiu o deputado municipal.
Na mesma moção, é pedido à administração da ULS que esclareça porque Mirandela não recebeu o investimento necessário, à semelhança do heliporto do Hospital de Bragança. Luís Soares lembra que, até há pouco tempo, o heliporto recebia helicópteros apenas durante o dia, mas agora nem isso acontece. “Era necessário algum investimento por parte da Unidade Local de Saúde para que pudesse funcionar. Agora perguntamos nós, porquê o equipamento não está certificado? Porquê que o equipamento não sofreu as obras necessárias para essa certificação e porquê que, à semelhança do que aconteceu com o Heliporto do Hospital de Bragança, este já funciona em regime de 24 horas, como sempre funcionou, recebeu obras de requalificação e o de Mirandela não recebeu. É mais uma vez uma diferenciação, neste caso negativa”, rematou.
Entretanto, confrontada com o teor desta moção, a administração da ULS do Nordeste já respondeu, por email. Refere que “se encontra em curso o processo relativo a operações aéreas de emergência médica no Heliporto da Unidade Hospitalar de Mirandela, aguardando-se o respetivo parecer e eventual autorização nesse sentido por parte da ANAC”.
Escrito por terra quente