Qua, 04/09/2024 - 10:03
No âmbito dos 45 anos do parque, em declarações à Rádio Brigantia, a directora regional do ICNF, Sandra Sarmento, admitiu que pode voltar a existir um director. “Está previsto a possibilidade de alguns dos parques poderem vir a ter um director. Este parque tem uma directora, tem também um director da conservação e, portanto, nós, eu estou, não digo cá permanentemente, porque tenho outras funções que acumulo com esta, mas estou cá muito frequentemente e dou muita atenção ao parque e as equipas que cá estão também o fazem. Neste momento há a possibilidade de alguns parques voltarem a ter um director”.
Desde que o ICNF gere o Parque Natural de Montesinho que as pessoas dizem estar ao abandono e pedem até uma revisão do plano de ordenamento. Em 2022, o ICNF adiantou que o plano iria ser reconvertido para programa e iriam ser feitas algumas alterações. Sandra Sarmento avançou que até ao final do ano serão divulgadas. “O plano de ordenamento do Parque Natural de Montesinho está em processo de recondução ao programa e nesse processo estamos a fazer algumas alterações, algumas adaptações, sem mudar o modelo territorial, o modelo mais estratégico, mas fazendo alterações e adaptações que nos permitam ir ao encontro a algumas das ambições identificadas pelas populações. Quero acreditar que até ao final do ano temos esse processo concluído e naturalmente pronto para iniciar a consulta pública”.
Confrontada com os estragos causados pelos veados em centenas de castanheiros e com as queixas dos produtores por falta de apoio, Sandra Sarmento explicou que no que toca à zona da Lombada, os prejuízos são ressarcidos, uma vez que essa zona de caça é da gestão do ICNF. O mesmo não acontece em localidades como Cova de Lua. No entanto, diz estarem a fazer um trabalho de prevenção. “A nossa política, mais do que pagar prejuízos, é fazer prevenção e por isso trabalhamos muito naquilo que é a gestão do dia-a-dia da zona de caça, com gestão da habitat, com criação de áreas de pastagem para as espécies, com obviamente intervenções nas infra-estruturas existentes na própria zona
de caça, portanto é todo um trabalho de continuidade que é desenvolvido ao longo do ano para garantir que as espécies cinegéticas têm alimento e têm as condições de habitar necessárias e de refúgio para não terem que descer às hortas e às populações e causar alguns prejuízos”.
O Parque Natural de Montesinho comemorou 45 anos na passada sexta-feira.
Uma entrevista para ouvir na íntegra, hoje, depois do noticiário das 17, na Rádio Brigantia.
Escrito por Brigantia