Aberto o processo de beatificação da irmã Maria de São João

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Sex, 16/08/2024 - 16:17


Testemunhos dos fiéis, serão recolhidos e enviados a Roma para que a Irmã Maria de São João Evangelista seja beatificada e Canonizada.

Foi aberto, ontem, o processo de beatificação e canonização da irmã Maria de São João, natural de Mirandela.

A sessão pública decorreu na igreja de Santa Maria Mãe da Igreja, em Macedo de Cavaleiros. Foi presidida pelo Bispo da Diocese Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, que esclareceu que este processo foi iniciado porque muitos recorreram a esta religiosa para pedir ajuda, conselhos e orações.

“A irmã Maria de São João, consagrou toda a sua vida a Cristo, na Eucaristia. Isso, depois, significava para ela servir Jesus Cristo nos irmãos, nos mais débeis, naqueles que passavam por momentos mais difíceis. Portanto, muita gente recorria à irmã São João para obter Graças e milagres. Agora, os testemunhos que são necessários recolher, a partir de hoje, pelo tribunal instituído que tem como missão de recolher, por escrito, as pessoas que conheceram, que contactaram e que obtiveram dons extraordinário através da interceção, do acolhimento e da escuta da irmã São João”, contou.  

Este processo conta com a ajuda de um tribunal nomeado pelo próprio bispo, mas também contará com a ajuda de mais intervenientes, que têm como missão recolher todos os testemunhos que serão, depois, encaminhados para Roma.

“A responsabilidade é do bispo da diocese que nomeia um grupo, a que podemos chamar tribunal ad hoc, digamos assim, que tem um delegado do próprio bispo, que é o padre Tiago Alves, pároco aqui em Mirandela. Tem depois um grupo de pessoa, desde o notário, o chanceler que irão, precisamente, fazer esta recolha, formal dos testemunhos. Depois, serão recolhidos, organizados e enviados para Roma, juntamente com o estudo histórico que está a ser feito. Vai ser nomeado outro grupo que chamamos comissão histórica”, explicou.

Foi há 76 anos que a irmã fez a sua profissão religiosa em Macedo de Cavaleiros. A sessão de abertura desta investigação realizou-se ontem, dia 15, por ser um dia importante para a congregação.

 “O facto de ser aqui em Macedo e de ser neste dia, tem haver porque a irmã Maria de São João fez, há 76 anos, a sua profissão religiosa, precisamente aqui. Este dia é um dia muito especial para a congregação, porque nasceu, também o dia da Senhora da Assunção, há 74 anos. Estamos, portanto, numa data jubilar. Depois, esta é também uma igreja dedicada a Santa Maria Mãe da Igreja foi escolhido este dia pela importância que tem para a própria congregação”, frisou.  

O bispo afirma que esta nomeação é muito importante para a diocese.

“Quando a igreja declara alguém, portanto um cristão, uma cristã como beato ou beata significa que declara este testemunho como heróico e luminoso em relação à vivencia do Evangelho e da fé. Claro que, trona-se muito incisiva esta nomeação para a própria diocese tendo em conta que este instituto religioso, esta congregação é de fundação diocesana. Portanto, foi neste ambiente que surgiu, digamos, este testemunho heróico de uma mística e onda há indícios de facto de santidade”, rematou o bispo.

Com a abertura deste processo inicia-se uma investigação que permitirá averiguar a marca do Evangelho na vida da Irmã Maria de São João. Uma vez recolhidos, os testemunhos das pessoas que a ela recorram, serão enviados para a Santa Sé, em Roma.

 

Jornalista: 
Cindy Tomé