Rio de Onor voltou a celebrar cooperação transfronteiriça através de festival

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Seg, 22/07/2024 - 08:52


Esta foi já a sexta edição do Festival d’Onor

Ao longo dos últimos três dias voltou a celebrar-se a cooperação transfronteiriça, em Rio de Onor, no concelho de Bragança, bem como as gentes, o comunitarismo e a música tradicional.

A aldeia, metade portuguesa e metade espanhola, tem uma identidade cultural única e o Festival d’Onor serve para dar a conhecer a riqueza histórica, patrimonial e humana.

No sábado, na ronda das adegas, uma das actividades mais participadas, os visitantes mostraram-se rendidos ao festival. “A minha imaginação era um pouco ao contrário mas está a ser bom, agradável. Esperava menos pessoas e algo um pouco mais fechado e está a ser ao contrário. Para mim, que vim de Lisboa, é estranho, não estou acostumado a que as pessoas recebam tanta gente em casa, mas está a ser muito bom”, disse João Martins. “Isto é muito bom. Não há comparação”, frisou Manuel Marrão

Na ronda das adegas, os visitantes percorrem a aldeia, comendo e bebendo, em casa de quem lhes abre as portas. Maria Preto é habitante de Rio de Onor e recebeu, pela primeira vez, os festivaleiros em casa. “Como vi que já toda a gente abria as adegas eu também quis abrir. Não tenho adega mas abri as portas de casa. É uma alegria receber as pessoas e oferecer um bocadinho do que temos em casa”.

Esta foi a sexta edição do festival. Luísa Preto recebe os festivaleiros desde o início e diz que o faz porque o evento dá vida à aldeia. “Nestes três dias esquecemo-nos de estar aqui todo o ano metidos, nesta aldeia, longe de tudo. Eu gosto de abrir a porta a esta gente que vem visitar-nos”.

David Vaz, da Montes de Festa, a associação que organiza o festival, diz que o evento tem potencial para crescer ainda mais. “Há cada vez mais visitantes e acredito que haja margem de progressão mas a ideia não é que este seja um festival de massas mas sim de experiências. Ele vai acabar por crescer na mesma medida que as pessoas de Rio de Onor queiram”.

Esta foi já a sexta edição do Festival d’Onor, que, além de uma ronda das adegas, contou com o baile do gaiteiro, o concerto colaborativo, “Músicas da Raya”, com Sebastião Antunes e José Manuel Tejedor, uma actividade para bebés, o Movicantabebé, “Música no Rio” e “Cantigas d’Onor”.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves