Ter, 09/04/2024 - 09:13
O OWL+ vai trazer à região professores, investigadores e estudantes de outros países com línguas minoritárias, como é o caso do mirandês. “Vai ser um encontro de professores e interessados estudiosos das línguas minoritárias, de vários países, Portugal, Países Baixos, Noruega, Estónia e Letónia, que em conjunto estão a desenvolver trabalhos num âmbito de um projecto de Erasmus, que visa o ensino, o desenvolvimento, a protecção das línguas minoritárias. Todos os representantes fazem parte de territórios onde se fala uma língua minoritária”, explicou Alfredo Cameirão, presidente da Associação da Língua e Cultura Mirandesa.
O objectivo é ver as estratégias que são usadas nos outros países com línguas minoritárias, para que possam ser adoptadas, impedindo que o mirandês desapareça. “Desde logo a partilha de experiências com gente de outros países que trabalham também no âmbito das línguas minoritárias, é muito positiva. Nós participamos sempre com o intuito de poder aprender e partilhar as experiências que temos também na protecção, no ensino e desenvolvimento dessas línguas”, referiu.
O encontro de línguas minoritárias envolve países como Noruega, Letónia, Países Baixos, Espanha e Portugal. O OWL+ faz parte de um projecto de Erasmus que têm como objectivo promover as línguas minoritárias, como o Mirandês.
O Mirandês é a segunda língua oficial portuguesa há 25 anos, no entanto, de acordo com um estudo da Universidade de Vigo, se nada for feito, pode desaparecer em 30 anos. A língua é estudada apenas no agrupamento de escolas de Miranda do Douro, como disciplina opcional, por 80% dos estudantes.
Escrito por Brigantia