Julgamento do caso "Semente em Pó" arrancou em Bragança com 2 arguidos a negar acusação

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Seg, 29/05/2023 - 14:41


Dois dos quatro arguidos falaram sobre os factos

Começou, esta segunda-feira, em Bragança, o julgamento do caso “Semente em Pó”, sendo que os arguidos estão acusados, pelo Ministério Público, de tráfico de droga e detenção de arma proibida. Nesta primeira sessão já foram ouvidos os dois dos quatro arguidos que quiseram falar sobre os factos. Ambos negaram a acusação.

As primeiras testemunhas arroladas, num total de cerca de 80, começaram também já a ser ouvidas.

Estão a ser julgadas quatro pessoas, com idades entre os 44 e os 53. Três dos quatro arguidos estão em prisão preventiva. O quarto está em liberdade. Desta rede fazia parte um quinto elemento, que também iria ser julgado, estando em prisão preventiva, desde Junho de 2022, mas morreu, no Estabelecimento Prisional de Bragança, no dia 18 de Maio. Terá sido vítima de um ataque cardíaco fulminante.

O caso “Semente em Pó” resultou de uma operação, coordenada pelo Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Mirandela. A rede dedicava-se ao tráfico de droga, tinha epicentro em Mirandela e operava em vários concelhos da região Norte.

Em prisão preventiva estão Sandra Pinto, técnica superior na Câmara Municipal de Mirandela e viúva do homem que morreu na cadeia, Jorge Figueiredo, Amílcar Teixeira, também ele de Mirandela, e Vítor Soares, de Vila Nova de Gaia. O desenrolar do processo está a aguardá-lo em liberdade Júlio Carvalho, residente em Boticas. Os arguidos que aceitaram falar sobre os factos foram Sandra Pinto e Vítor Soares.

A acusação relata que os arguidos se dedicavam à venda de droga nos concelhos de Mirandela, Chaves, Valpaços, Vila Nova de Gaia e Boticas. Parte do produto era adquirido nos distritos do Porto e Vila Real e posteriormente tratado, acondicionado e enterrado em locais ermos do concelho de Mirandela, para ser revendido a consumidores.

A rede também cultivava plantas de cannabis em locais cuja vegetação as encobria. Depois secava-as e embalava-as.

O arranque do julgamento esteve marcado para o dia 27 de Março mas foi adiado por causa da greve dos funcionários judiciais. Depois, voltou a ser agendado para o dia 29 do mesmo mês mas foi novamente adiado pelos mesmos motivos.

Escrito por Brigantia