Autarca de Mirandela quer que CCDR Norte fique na cidade do Tua

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Ter, 23/05/2023 - 09:00


Júlia Rodrigues quer a que a sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte seja deslocalizada do Porto para Mirandela, ou no pior dos cenários, a cidade do Tua ficar com a vice-presidência

Apesar de admitir ser uma reivindicação difícil de concretizar, a presidente da Câmara de Mirandela entende que se justifica face à intenção do Governo em passar para as CCDR’s as competências em diversas áreas, entre as quais está a agricultura, e tendo em conta que Mirandela já acolhe a sede da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, que tem mais recursos humanos que a própria CCDRN.

Além disso, Júlia Rodrigues lembra que a própria Assembleia da República aprovou uma resolução, publicada em Diário da República, no passado dia 27 de abril, em que recomenda ao Governo que todos os novos serviços e organismos da Administração Pública que venham a ser criados sejam instalados no interior do País

“Se de facto, a agricultura vai ser integrada nas competências da CCDR, a sede deveria ficar no interior do país, onde existem infraestruturas e equipamentos públicos capazes de albergar todas as pessoas que já cá estão, ou seja, a DRAPN tem mais trabalhadores que a própria CCDRN e sabemos que uma das áreas de grande trabalho vai ser a agricultura e por isso parece-me que uma vice-presidência, como já foi falado pela comunicação social, poderia ficar em Mirandela com a agricultura, mas acho que devemos ser mais ambiciosos e fazer com que isso fosse uma luta de todos, para que possamos ter a sede da CCDR em Mirandela”, defendeu.

Júlia Rodrigues a reivindicar que a sede da CCDRN seja instalada em Mirandela. Uma luta que diz ser difícil, mas não impossível. Recorde-se que a resolução do Governo que inicia o reforço, até ao fim do primeiro trimestre de 2024, das competências das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional está previsto que as CCDR’s vão receber integralmente, ou de forma partilhada, competências em nove áreas nomeadamente, na economia, cultura, educação, saúde, conservação da natureza e florestas, ordenamento do território, infraestruturas, formação profissional e agricultura e pescas. Há vários meses que na região tem surgido muita contestação, sobretudo com o receio de que Mirandela venha a perder a sede da DRAPN, receios ainda mais justificados após a saída da Diretora Regional, Carla Alves, para ocupar o cargo de secretária de Estado da Agricultura, que viria a deixar no dia seguinte, mas desde então, e já lá vão seis meses, ainda não foi nomeado ninguém para o cargo de diretor regional de agricultura e pescas do Norte.

Escrito por Terra Quente (CIR)