PUB.

Empresários têm que recorrer a empresas que os ajudem para candidatarem projectos a Fundos Europeus

PUB.

Sex, 12/05/2023 - 08:25


Os Fundos Europeus têm sido essenciais para o desenvolvimento de algumas empresas

Há muitos empresários que se queixam de não ser fácil aceder a estes fundos, por causa das burocracias associadas, falta de informação e a dificuldade em elaborar um bom projecto a candidatar.

Luís Rio é administrador do Grupo Reconco, com sede em Bragança, que já candidatou dois projectos, um para uma indústria em Águeda e outro para uma indústria no Entroncamento. Para os ver aprovados optou por pedir ajuda para fazer a candidatura. “Quem estiver interessado tem que procurar informação. Foi o que eu fiz. Procurei um gabinete com alguma experiência no assunto, quando me quis candidatar, e a informação chegou rápido e bem. É importante ter um parceiro neste tipo de elaboração de projectos, com muita experiência, para que não nos deixe entrar em falhas e, muitas vezes, em incumprimento. Aquilo que ouço falar é que, muitas vezes,  candidatam-se a projectos em áreas que não dominam e depois isso traz dissabores. É preciso ter muito cuidado”.

Luís Rio falou da experiência da Reconco, ontem, numa conferência sobre importância dos Fundos Europeus para empresas mais sustentáveis, que aconteceu no IPB.

Nuno Serrano, funcionário da imobiliária UNU, de Bragança, também participou. A empresa nunca se candidatou a qualquer apoio e, por isso, foi procurar informação. “Estamos à procura de algo que nos possa ajudar a nós para que nós possamos ajudar o nosso cliente”.

Paulo Natal, responsável Rede Comercial Santander, admite que muitos empresários que o banco recebe se sentem confusos e considera que os Fundos Europeus poderiam ter sido desenhados tendo em conta as empresas e outras instituições. “Acho que as empresas ainda estão um bocadinho perdidas. É reconhecido e público que os fundos estão mais orientados para uma componente pública, onde, obviamente, de forma indirecta as empresas privadas poderão aceder. Mas há aqui toda essa problemática. Eu diria que é um problema de nascença. Ao contrário de outros países europeus, em que tudo isto foi feito em conjunto com a banca, as empresas e os stakeholders, aqui não foi assim. Agora temos que nos habituar e lidar com as regras do jogo e, nós portugueses, temos uma capacidade de adaptação enorme”.

A conferência, promovida pelo Santander, aconteceu, ontem, em Bragança.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves