Qui, 07/04/2022 - 09:25
No caso de Portugal, a situação torna-se complicada já que importa 85% dos cereais.
Trás-os-Montes foi um grande produtor de cereal, mas agora são poucas as terras douradas.
Há quem defenda que o país podia diminuir esta dependência do estrangeiro, mas parece não haver condições suficientes para produzir cereal na região. Luís Afonso, proprietário de uma moagem em Bragança, diz que o abandono desta actividade deve-se a políticas dos governos antigos.
“Podia depender do governo português se ao longo das últimas décadas tivesse tido uma atitude diferente para com a agricultura e também com a produção de cereais. Portugal não é um país com condições boas para produzir cereal, mas algum podia ser produzido. Podia-se diminuir esta dependência tão grande do estrangeiro”, afirmou.
A região já foi grande produtora de cereais, mas agora são poucos os que se dedicam a este cultivo. Luís Afonso realça que os silos de Bragança chegaram a ter milhões de Kg de cereais.
“Todos nós sabemos que o interior de Portugal e aqui na terra fria transmontana a grande parte do território agrícola está abandonado, o que não é floresta é soutos de castanheiro, o resto não existe. Tirando uma horta à porta de casa, não há nada, é mato e antigamente eram campos de cereal. Os silos de Bragança levavam mais de 14 milhões de Kg, hoje não entra lá um grão de trigo ou centeio”, disse.
Actualmente, Portugal produz apenas 15% de cereal, ou seja, 85% é importado de países como a Rússia, Ucrânia, Alemanha e França.
Escrito por Brigantia
