Qua, 12/07/2017 - 17:59
“Estavam aqui os peixes todos a morrer, a água estava negra. Ligámos para as autoridades. Em relação aos peixes o que posso dizer é que nenhum vai sobreviver. A descarga aparenta ser nafta. Um pescador estava a pescar, há dois ou três dias, e abandonou o local porque houve uma descarga. Disse que foi uma coisa fora do normal. O rio está limpo da fábrica de óleos para cima, só está assim para baixo”, descreveu.
Já Débora Saldanha, proprietária de um bar junto à praia fluvial de Frechas, diz nunca ter visto algo assim, pois já foram feitas mais descargas mas nunca como agora.
“Tenho um bar à beira rio. A poluição é o que se vê. Peixes a morrer, outros à tona da água a tentar respirar. A água cheira mal, está preta. Está completamente poluída. Gostava que alguém fizesse alguma coisa para resolver a situação. Tenho clientes a queixar-se, e não gosto de ver os animais aqui a morrer à beira. O cheiro é insuportável, e à noite ainda é pior. Não sei de onde é que vem mas deve alguma descarga que fazer, não é normal isto acontecer. Já tem acontecido mais vezes, já tentei resolver várias vezes esta situação, este ano, inclusive. E ninguém me resolve”, explicou.
Segundo o gabinete de relações públicas da GNR de Bragança, já esteve no local o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) que elaborou um auto de noticia e recolha de águas para análise, estando agora a investigar quem será o responsável desta descarga poluente. Segundo os populares, as suspeitas recaem numa fábrica de produção e refinação de óleos alimentares, a qual, sem resultado, tentamos contactar. Escrito por Terra Quente (CIR).
Foto: Débora Saldanha.