Ter, 04/09/2012 - 15:01
Jorge Nogueira diz ter noção de que esta decisão “vai provocar discórdia” mas se não fosse tomada esta atitude a AFB teria que aumentar o valor de inscrição dos atletas, o que ia fazia aumentar ainda mais as dívidas dos clubes à associação, o valor total passa os 300 mil euros.
“Não temos dinheiro, se os clubes não pagarem a associação não têm receitas”, disse Jorge Nogueira.
O presidente da AFB diz perceber as dificuldades que as colectividades atravessam mas a associação “não tem capacidade financeira” para continuar a custear o pagamento das arbitragens dos jogos das camadas jovens.
Com esta medida a colocar em prática os jogos dos escalões de benjamins e infantis passam a ter apenas um árbitro e deixa de haver fora de jogo.
A medida anunciada pela A.F.Bragança não foi recebida de fora pacífica pelos clubes. Para o presidente do Montes de Vinhais esta decisão vai “complicar as finanças” dos clubes. Miguel Almeida não concorda e lamenta ainda o corte no subsídio dado anualmente às equipas de formação pela AFB.
O líder do Montes de Vinhais refere mesmo que vão ser penalizados os clubes cumpridores. “Vai pagar o justo pelo pecador. Somos totalmente contra esta decisão”.
No entanto, não está em causa a participação do Montes de Vinhais no distrital nos vários escalões. Mas, Miguel Almeida adianta que terá que fazer um “grande ginástica financeira”.
E quem tem duas equipas em competição num mesmo escalão não vê com bons olhos esta decisão, caso da Escola Crescer. Paulo Lico garante que as despesas vão disparar. “A título pessoal posso dizer que não concordo. Os clubes que têm duas equipas no mesmo escalão têm um encargo muito grande”, referiu um dos responsáveis da Escola Crescer.
Também Sílvio Carvalho, técnico nas camadas jovens do Moncorvo, discorda da medida. “São custos elevados que vão prejudicar as equipas”.
O Nordeste Desporto sabe que os clubes estão a movimentar-se no sentido de mostrar à AFB o seu descontentamento com a situação.
Escrito por Brigantia
