Enfermeiros transmontanos em greve às horas extraordinárias

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Sex, 06/07/2012 - 10:54


Os enfermeiros dos Centros de Saúde do distrito decidiram deixar de realizar horas extraordinárias. Em causa está o não pagamento das horas extra de acordo com o valor estipulado por lei.A decisão foi tomada esta quinta-feira, numa reunião plenária de enfermeiros, no Hospital de Macedo de Cavaleiros. 

A partir de Agosto, os enfermeiros vão deixar de estar disponíveis para fazer horas extraordinárias nos Serviços de Urgência do distrito.“Para já, decidimos que todos os enfermeiros que estão nas SUB recusam fazer trabalho extraordinário. É lamentável ter de tomar uma medida destas para que o conselho de administração da ULS decida pagar de forma igual aquilo que é trabalho igual”, refere Guadalupe Simões, representante do Sindicato Nacional dos Enfermeiros Portugueses, acrescentado que “esta é a forma de luita prevista mas nada impede que avancemos para outras”.O Sindicato Nacional dos Enfermeiros Portugueses está em negociações com a administração da ULS Nordeste para chegar a um consenso, mas o tribunal de primeira instância já deu ordens para o pagamento ser feito de forma equitativa aos profissionais de saúde. Segundo os profissionais, existe uma discrepância no pagamento de horas extra e/ou suplementares entre os enfermeiros dos Centros de Saúde e os que trabalham nos hospitais. Laura Lourenço, enfermeira no Centro de Saúde de Torre de Moncorvo, frisa que existe uma penalização injusta entre os enfermeiros.“O pagamento das horas suplementares e extraordinárias não está a ser feito da mesma maneira para todos os enfermeiros”, explica.Cátia Henrique é enfermeira no Centro de Saúde de Macedo de Cavaleiros e garante que não estão a ser pagas as horas de qualidade.“Trabalhamos noites, domingos e feriados e recebemos igual como trabalhar num dia de semana”, afirma.

Independentemente do vínculo contratual, os cerca de 250 enfermeiros dos Centros de Saúde do distrito de Bragança exigem ser pagos de acordo com a Lei do Orçamento de Estado para 2012 e sem discriminações.

Escrito por Onda Livre (CIR)