Seg, 09/04/2012 - 10:26
Mais do que dinamizar actividades culturais e recreativas, este promete ser um projecto pioneiro a nível nacional ao promover a partilha de experiências entre os jovens que estudam no ensino superior em diferentes cidades e que regressam à sua terra natal aos fins-de-semana e nas férias, e aqueles que ainda estudam na vila, no ensino secundário .
“Os jovens com qualificações do Ensino Superior existem no concelho e é meramente uma oportunidade de por os recursos que nós temos em prol dos jovens estudantes que pode passar por muitas actividades, tal como explicações contínuas aos fins-de-semana…Basicamente actividades que lhes permitam facilitar a vida com pequenos actos nossos. É de facto um desafio para nós conseguirmos desenvolver a nossa actividade somente no fim-de-semana e nas férias. Contudo é por aí que teremos que actuar. Achamos que ainda assim, conseguiremos desenvolver uma actividade responsável”, afirmou o presidente da AJUM.
Manuel Martins, explica que depois de Torre de Moncorvo, o objectivo é estender as actividades da associação a outros concelhos do distrito de Bragança.“Depois de implementadas as actividades em Torre de Moncorvo, reconhecendo as mesmas dificuldades a muitos dos outros concelhos do distrito de Bragança, achamos que também fará sentido que eles adoptem uma associação parecida á nossa, nos propósitos que é no fundo trazer o ensino superior à região e aumentar as oportunidades dos jovens”.A iniciativa partiu de um grupo de jovens universitários que se reuniu nas últimas férias de Verão, dinamizando actividades junto de estudantes de ensino secundário e caloiros do ensino superior. Agora, de uma forma mais organizada, esperam vir a ajudar os mais novos a ter a informação que eles próprios gostariam de ter tido antes de ingressarem no Ensino Superior.“Já há muitas associações, principalmente culturais nas aldeias. Mas uma mesmo da vila e directamente direccionada não só para os jovens universitários, como é o meu caso, mas também para os futuros jovens universitários, ainda não existia. Podemos dar-lhes uma mão, preparar melhor o futuro deles e acho que podemos actuar aí e dinamizar a nossa sociedade a partir desta associação”, referiu Rui Ramos.
“Eu como estou no estrangeiro acho que posso ser uma mais-valia para os ajudar. Pretendemos contar qual é a nossa experiência, dizer que estamos disponíveis para qualquer problema, para ajudar em qualquer assunto, académico ou pessoal, e saberem que têm uma mão que está com eles” , acrescentou Iolanda Moreira, estudante de medicina em Santiago de Compostela.
“É um projecto inovador, o primeiro no país. Acho que vai contribuir para que no futuro não sintam as mesmas dificuldades que nós sentimos. Eu fui para Lisboa, não conhecia ninguém em Lisboa e tive de trabalhar tudo sozinho. E este projecto acho que vai ajudar os jovens a saírem daqui e a que isso não aconteça”, constatou o estudante Fábio Pando. Uma das ajudas que a AJUM promete disponibilizar aos caloiros de ensino superior é a distribuição de kits com toda a informação essencial da instituição e da cidade que escolherem para estudar.
Estima-se que em breve a associação atinja os cem associados, que podem ser de qualquer idade ou profissão.
Escrito por Brigantia (CIR)