Câmara de Mirandela estuda recurso a empresa privada para capturar cães vadios

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Ter, 06/12/2011 - 10:23


A operação de captura de cães em Mirandela deverá ser entregue a uma empresa privada. A câmara municipal está a estudar o assunto e deverá tomar uma decisão nos próximos 15 dias.

A operação estava prevista para esta segunda-feira, mas a GNR terá recusado participar nela por entender que se tratava de um crime.

A autarquia cancelou a acção na passada sexta-feira e espera ter uma solução até ao próximo dia 19 pois para o vice-presidente está em causa a saúde pública e a segurança das pessoas.

“Está em causa a saúde pública e a segurança dos meus funcionários. Não posso pôr funcionários a apanhar animais se não tiver apoios das instituições públicas. Mas o ofício que nos foi enviado diz que devemos recorrer a uma empresa provada. Até dia 19 vamos avaliar a forma como vamos, ou não, fazer isto.”

 

Da parte da GNR, o comandante distrital reafirmou à Brigantia a disponibilidade para garantir a segurança dos funcionários da autarquia mirandelense.

O Tenente-Coronel Sá Pires explicou, no entanto, e sem gravar declarações, que os seus militares não poderiam usar as suas armas de fogo para o abate indiscriminado de animais no monte, como teria sido sugerido por alguns técnicos da autarquia, pois isso viola a lei portuguesa.

Mas António Branco critica a actuação da GNR, dizendo que preferiu sair do problema, em vez de ajudar a resolvê-lo.

 

“Julgo que as instituições, muitas das vezes, pretendem não resolver o problema mas sair dele. Foi solicitada uma posição oficial à GNR. E a que nos foi transmitida, ao contrário do que disse o comandante Sá Pires, é que, por um lado, não concordam com o abate – tudo bem, não iríamos fazer qualquer abate, até porque a câmara não tem armas nem quer ter - e foi sugerido o recurso a uma empresa privada. Assim, nós não temos condições para andar a capturar o que quer que seja.”

Resta aguardar por dia 19, altura em que a autarquia espera contar com o apoio das instituições para capturar os cerca de 200 cães que se encontram nas imediações do aterro sanitário.

Escrito por CIR/Brigantia