Seg, 07/11/2011 - 11:09
Os activistas chegaram de surpresa, pouco depois das 9 horas da manhã e, apesar de haver alguns trabalhadores na obra, foi num rápido que se acorrentaram ao portão de acesso, impedindo a entrada e saída de máquinas e camiões.
A GNR foi chamada ao local e identificou os manifestantes que, apesar de ligados a várias organizações ambientalistas, disseram estar ali por iniciativa individual.
Como não quiseram prestar declarações à Comunicação Social, coube ao dirigente do Núcleo da Quercus em Vila Real, João Branco, a explicação de uma iniciativa à qual só foi prestar solidariedade:
“A acção não é organizada pela Quercus, é um grupo de cidadãos independentes de todo o país que aproveitaram para se fazer ouvir. Aproveito para fazer um apelo ao senhor ministro da Economia que entre para a história como o homem que corrigiu um erro crasso.”
João Branco acrescentou que a construção da barragem acaba com a linha do Tua e, por causa disso, é uma machadada no desenvolvimento turístico do Douro:
“A construção desta barragem está totalmente contra o plano de desenvolvimento turístico do Vale do Douro. O que temos é que o chefe de Missão do Douro, Ricardo Magalhães, assobia para o lado e finge que não é nada com ele.”
O protesto acabou ainda antes das 11 horas, mas durante o período que os activistas ali permaneceram, algumas dezenas de operários ficaram parados, a contemplar um protesto que incluiu tarjas colocadas no local, onde podia ler-se “barragens afundam património mundial e “”barragens afundam biodiversidade”.
A barragem de Foz-Tua representa um investimento de 305 milhões de euros. Começou a ser construída em Abril deste ano e deverá começar a funcionar em 2015.
No pico da obra estarão envolvidas cerca de 1000 pessoas.
O paredão vai ser construído a pouco mais de um quilómetro da confluência do rio Tua com o rio Douro, entre os concelhos de Carrazeda de Ansiães e Alijó.
Escrito por CIR