Aldeia de Cabreira já tem largo para as festas

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Seg, 31/10/2011 - 11:00


Os 50 habitantes de Cabreira, uma aldeia perdida no interior do concelho de Alfândega da Fé, já têm um largo para fazer as suas romarias. O espaço foi inaugurado no último sábado e o povo suspira de alívio pela concretização de um sonho antigo.  

“Não tínhamos um largo para fazer a festa nem nada. Já há muitos anos que falávamos que era bom alargar o largo. Era um sonho que se realizou”, diz Maria Leonor. Já Áurea Camelo recorda que os tempos “de miúda” em que ia “dançar para as festas e o espaço era muito pequeno”. Por sua vez, André Moreiras diz que “ficou fixe” porque o espaço que havia “era muito pequeno, até para jogar à bola”.

 Para além do largo, foi também construída uma casa mortuária, junto à igreja.

Alcino Vieira, o presidente da Junta de Freguesia, sublinha a importância destas obras para a população.

 “Não tinham aqui condições nenhumas. Quando havia um funeral tinham que ter os defuntos em casa, muitas vezes sem condições. Quanto ao largo, eram só duas ruas estreitinhas e tinham de parar tudo para os carros passarem.”

Já Berta Nunes, a presidente da câmara de Alfândega, promete agora rever a situação da estrada que liga a aldeia à sede do concelho.

 

“Esta estrada está em muito mau estado, até por causa das obras da barragem. Neste mandato não vamos mexer na estrada mas vamos preparar um projecto para o próximo”, prometeu.

 

Presente na inauguração esteve o novo bispo da Diocese de Bragança Miranda, D. José Cordeiro, que destaca a requalificação de outras obras importantes para a comunidade.

 

“É de um grande alcance porque aqui estão conjugados vários esforços da Igreja, da autarquia, mas, sobretudo, da vontade de o povo requalificar a sua terra, não apenas a capela da Ressurreição, mas o largo e o nicho. São tudo lugares simbólicos para a comunidade que aqui vive”, sublinhou.

 Cabreira já tem um largo para fazer as festas da aldeia.

O investimento rondou os 30 mil euros e implicou a demolição de algumas casas abandonadas.

Escrito por Brigantia