Ter, 20/09/2011 - 09:39
O relatório das dívidas acumuladas até ao final de Junho deste ano, a que tivemos acesso, confirma um aumento superior a 14 milhões de euros de dívidas em apenas um ano. No final de Junho de 2010, a dívida era de 11 milhões, 265 mil euros. Passados 12 meses, a dívida já é de 25 milhões, 469 mil euros, mais do dobro. Deste montante, cerca de 60 por cento, mais de 15 milhões de euros de dívidas, estão na rubrica outros bens e serviços, quando há um ano, era de 7 milhões e 800 mil. O material de consumo clínico aparece como sendo a segunda rubrica com maior peso na dívida, ultrapassa os 5 milhões e 400 mil euros. Em medicamentos, o CHNE deve cerca de um milhão e 200 mil euros, dívida que só começou a aparecer desde Novembro de 2010, já que, em Junho de 2010, não havia dívidas de medicamentos. O mesmo acontece com a preparação de refeições. Se até Novembro não havia qualquer dívida, nos últimos 8 meses, o CHNE já ficou a dever mais de 400 mil euros. Da lista de dívidas constam ainda um milhão e 500 mil euros em outros investimentos, 360 mil euros em reagentes e produtos de diagnóstico rápido, 260 mil euros em mobiliário e a mesma quantia é a dívida por conservações e reparações. 155 mil euros é a dívida em equipamento informático, e cerca de 116 mil euros em papel e economato. A zero, isto é, o CHNE não tem dívidas nos honorários do pessoal, nos combustíveis, nos telemóveis, telefones fixos e internet, nos seguros, na energia e na vigilância e segurança.Até ao momento não foi possível obter declarações da administração do CHNE sobre este assunto.
Recorde-se que, apesar de já ter sido decidida, pelo anterior governo socialista, a criação da Unidade Local de Saúde do Nordeste, para gerir os três hospitais do distrito e os 15 centros de saúde, que entrou em vigor, no dia 1 de Julho, ainda não foi nomeada a administração e na prática ainda não foram extintos o CHNE e o ACES Nordeste, mantendo-se as respectivas administrações, lideradas por Henrique Capelas e Vítor Alves, respectivamente, em funções de gestão até às nomeações.
Escrito por CIR