Sex, 08/07/2011 - 16:51
Segundo a chefe da Inspecção Provincial de Trabalho e de Segurança Social de Zamora, as empresas portuguesas que vão trabalhar para Espanha são obrigadas a pagar aos trabalhadores o ordenado estipulado pela lei espanhola e que relativamente ao português é superior em cerca de 300 euros.Maria Dolores Martin-Albo diz que esta é a infracção mais cometida mas salienta que as empresas já vão cumprindo mais.“No início sim, havia diferença, porque pagavam o salário português mas agora já nem tanto. Por norma no recibo do ordenado já vem o valor certo. Agora cumprem mais que antes” assegura a responsável.Declarações à margem de uma sessão informativa, em Bragança, sobre a prestação de serviços transfronteiriços e prevenção de riscos destinada a empresários portugueses que queiram ir trabalhar para Espanha, mas que acabou por não se realizar porque falta de participantes.A construção civil movimenta o maior número de empresas portuguesas a trabalhar em Zamora, embora o número tenha vindo reduzir.“Em 2007 houve 39 empresas e eram 278 trabalhadores, embora em Zamora não seja significativo porque é uma província de escassa industrialização” salienta. “Em 2008 foram 48 empresas e 339 trabalhadores. Em 2009 foram 30 empresas e 204 trabalhadores e em 2010, 33 empresas e 156 trabalhadores” acrescenta, frisando que este decréscimo se deve “à crise no sector da construção em Espanha”.A ocasião iria ser aproveitada para apresentar também o sétimo MBA luso-espanhol em Direcção e Administração de Empresas.O director-gerente da Escola de Negócios da Fundación San Pablo em Valladolid, explica que “o que nós tentamos transmitir são ferramentas de alta direcção”. “Queremos que os nossos alunos tenham noções gerais nas áreas económica e jurídica e depois damos-lhe técnicas expressamente orientadas para a direcção em temas como direcção de equipas, técnicas de negociação, motivação e liderança” acrescenta Manuel Terucho.Cristina Passas, da Associação Comercial de Mirandela foi uma das alunas da última edição deste MBA e fala que uma das competências adquiridas foi “sobretudo na área da gestão, pois nós temos de considerar que a área empresarial está sempre em evolução quer no marketing quer na parte jurídica e contabilística” refere, salientando que “se nós queremos dar uma assessoria correcta às nossas empresas temos de ter conhecimentos”. Este MBA tem 500 horas.
Vai começar em Outubro e já conta com alguns inscritos, portugueses e espanhóis.
Escrito por Brigantia