Qui, 30/06/2011 - 11:04
O protocolo foi assinado ontem entre a Câmara de Alfândega da Fé, a EDP e a empresa respnsável pela selecção das famílias.
Apesar de ter nascido há seis anos, os Novos Povoadores têm conhecido uma série de dificuldades que têm impedido o projecto de arrancar em pleno. O suficiente para deixar algumas dúvidas mas muita esperança a Berta Nunes, a presidente da câmara de Alfândega da Fé.
“Estou moderadamente optimista. É a primeira vez que estamos a tentar implementar este projecto apesar de já existir noutros países. Pretende dar oportunidade a famílias de se instalarem, não de lhes dar dinheiro nem casa. Poderão alugar ou comprar casa. São famílias já com rendimentos e competência. Se for um sucesso, vai fazer alguma diferença, apesar de não resolver o problema da desertificação do Interior.”
Para já, o envolvimento da autarquia resume-se ao espaço para as novas tecnologias e a 600 euros por família que serão pagos aos Novos Povoadores à conta de despesas de consultoria e aconselhamento.
Frederico Lucas, o responsável dos Novos Povoadores, diz que interessados não faltam, são já 600, 48 deles para o distrito de Bragança (11 com ligação familiar à região).
Todos têm de trazer mais valias à região.
“As famílias contam com apoio ao empreendedorismo. O Interior precisa de pessoas que tragam o seu projecto profissional. Cobramos os 600 euros para dar formação e consultoria.”
Para o responsável dos novos povoadores, é a componente familiar que desperta a vontade de vir para o Interior do País.
“Tem a ver com o facto de muitas vezes já terem um filho e o número de horas que trabalham não permitir ter outro. E um infantário em Lisboa custa 400 euros, mais do que uma renda de casa em Alfândega. Outra situação tem a ver com a identificação de uma doença crónica num familiar.”
Este projecto é apoiado pela EDP em 15 mil euros para despesas de selecção e logística.
António Ferreira da Costa, da EDP Produção, diz que espera alargar o projecto a outros concelhos do distrito de Bragança.
“Prevemos replicar para um segundo município. Apoiamos estas iniciativas onde estamos a construir novos aproveitamentos hidroeléctricos. Naturalmente iremos procurar municípios ou da zona de Foz Tua ou de Fridão.”
Até esta altura, 30 famílias já trocaram o Litoral pelo Interior, uma delas para o distrito de Bragança, mas todas à margem do projecto Novos Povoadores.
A maior parte das candidaturas vem de Lisboa e Porto.
Escrito por Brigantia