Qua, 15/06/2011 - 10:39
A crise nacional também bateu à porta da Associação Nacional de Criadores da Raça Churra Galega Mirandesa.
Neste momento a raça tem no seu livro genealógico cerca de oito mil animais inscritos, um número que pode vir a ser reduzido para metade.
O presidente da associação, teme pela sobrevivência da raça com o fim dos apoios às medidas Agro-Ambientais a partir de 2013.
“Eu espero bem que o novo Governo tenha isso em atenção porque acabar com este apoio vai colocar muita gente praticamente no desemprego” refere, acrescentando que “os produtos não saem e os que saem é a preços injustos. Não se compreende como é que hoje um borrego é vendido ao preço que é quando há dez anos era vendido precisamente ao mesmo preço”.
A idade avançada dos criadores é outro entrave.
Francisco Rodrigues pede por isso aos jovens para valorizarem a raça.
“Os nossos criadores estão numa idade já avançada e isso leva a que desistam. É pena que a juventude não queira pegar nisto” afirma, salientando que “isto bem trabalhado em bem trabalhado e bem organizado” pode resultar.
No entanto, Francisco Rodrigues adianta que a comercialização da raça pode, a breve prazo, ganhar força.
Nomeadamente, com uma possível parceria com a Associação da Raça Bovina Mirandesa, que tem a inauguração da nova fábrica para breve.
“Nós estamos disponíveis para dialogar com eles e trabalhar em parceria com outras raças autóctones da zona” pois “onde eles vão com os seus carros poderão levar alguma carne de cordeiro embalada. Seria uma mais valia porque haveria menos despesa” explica.
A aposta conjunta na comercialização de raças, poderá ser a salvação da Raça Churra Galega Mirandesa.
Escrito por CIR