Azeite DOP apresentado na Festa da Cereja de Alfândega

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Seg, 13/06/2011 - 10:57


Mais visitantes e mais expositores. A festa da cereja, que este fim-de-semana decorreu em Alfândega da Fé, trouxe mais visitantes ao concelho. A cereja foi a rainha da festa, com muitos produtores a terem de ir aos pomares reabastecer o stock.

Berta Nunes, a presidente da câmara, faz, por isso, um balanço positivo.

“A feira teve mais adesão, mais gente, mais visitantes de fora, apesar de não termos trazido grupos musicais de fora porque não temos dinheiro. Por isso estamos a tentar reduzir os custos da feira. Mas tentamos investir na venda e divulgação dos produtos locais.”

 Esta é mesmo uma das apostas do concelho. Berta Nunes defende que é pela agricultura que se podem atrair visitantes à região.

“Se não investirmos na agricultura também não podemos ter um turismo baseado na qualidade, na gastronomia, na paisagem.”

 

Paralelamente à feira, a cooperativa local apresentou o primeiro azeite de denominação de origem protegida de Alfândega da Fé.

 Um azeite que está já a fazer furor e que ganhou uma medalha de bronze num concurso, em Santarém.

Para Eduardo Tavares, o presidente da cooperativa, o próximo objectivo é conseguir colocar o azeite DOP Trás-os-Montes no mercado.

 

“Vamos procurar agora o melhor escoamento para o azeite. Contamos com o apoio da Associação de Olivicultores.”

 Para já, 70 produtores aderiram ao projecto, uma procura que superou as expectativas.

Relativamente à feira, entre os expositores, a ideia geral era a de que havia muitos visitantes. O dinheiro, esse, é que é pouco.

 

“Está a ser uma feira boa. Muita gente mas passam, passam e não compram”, diz Fernanda Figueiredo, para quem “compensa sempre” a participação. Já Maria do Carmo Aragão diz que está “fraquinho, porque não há dinheiro”, um fenómeno que se estende a todo o país. “Nunca vi a feira de Santarém como agora”, conta. “Compensa um bocadinho”, diz Perpétua Jacinto, enquanto Daniela Pereira queixa-se da “disposição das barracas”. É que a sua venda de doces tradicionais de Parada ficou “virada para o sol”.

 Ao todo, venderam-se cerca de dez toneladas de cereja ao longo dos três dias do certame. Participaram mais de 100 expositores. O evento custou este ano cerca de 80 mil euros, menos 20 mil do que no ano passado.

Pelo recinto passaram cerca de 15 mil visitantes.

Escrito por Brigantia