Ter, 07/06/2011 - 09:21
Dos 175 empresários do concelho de Chaves que fizeram parte da amostra do estudo, apenas 17 empregam pessoas com deficiência, ou seja apenas 9,71% tem trabalhadores com necessidades especiais na sua empresa. O estudo mostra ainda que o sector terciário é aquele onde se regista uma maior taxa de empregabilidade de pessoas com deficiência e que são os empresários mais velhos que têm mais sensibilidade para esta questão, ao contrário do que a investigadora estava à espera.“Talvez pela experiência que têm e acreditam ou porque conhecem os jovens deficientes, ou têm familiares com deficiência e vêem que são capazes de desempenhar uma profissão” refere, admitindo que ficou surpreendida com estas conclusões. “Pensei que seriam os mais jovens os mais receptivos a recebe-los, mas não, são os que têm mais idade”. A investigadora sugere mesmo a criação de um gabinete de apoio à inserção no mercado de trabalho de pessoas com deficiência.“Eu pretendia um gabinete onde se pudesse fazer o levantamento de todos os deficientes existentes no concelho, das capacidades e motivações que eles têm para dar a conhecer aos empresários” explica. O facto de muitas pessoas com deficiência não estarem inscritos nos Centros de Emprego, o próprio receio dos pais e a falta de transportes adaptados são alguns dos factores que podem também contribuir para a baixa taxa de empregabilidade.“Muitas vezes os empresários não os contratam porque não estão inscritos no Centro de Emprego porque os pais têm medo de perder os subsídios que recebem. Muitas vezes a própria família não acredita no seu sucesso porque dão muito trabalho a levar ao local de trabalho porque não são completamente autónomos e porque não há transportes adequados” refere.
De salientar que, para além do mestrado nesta área que está em funcionamento no PIAGET, a instituição pretende abrir ainda uma pós-graduação em Educação Especial no próximo ano lectivo.
Escrito por CIR