Comissão de agricultura ouve olivicultores transmontanos

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Qui, 17/03/2011 - 11:13


O regadio e o emparcelamento das terras continuam a ser os grandes problemas dos olivicultores do Nordeste Transmontano. Dificuldades transmitidas, em Mirandela, numa reunião de trabalho entre os produtores e a Comissão de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas.Os deputados prometem transmitir as queixas ao ministério da agricultura e Assembleia da República. 

E é o próprio Presidente da Comissão de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, que enumera as três medidas fundamentais para que seja possível dotar a agricultura portuguesa das ferramentas essências para progredir. A criação do Banco de Terras poderá ser o início.“Primeiro é o problema da PAC pois era importante que houvesse mudanças pensando mais na pequena agricultura que constitui o essencial do tecido agrícola do país” afirma Pedro Soares. “Depois há os custos de produção pois não ninguém que trabalhe para perder dinheiro. E há um terceiro problema que é o abandono do mundo rural que tem de ser enfrentado e a criação do banco público de terras poderia ser o primeiro passo”. Segundo este deputado, desta reunião de trabalho em Mirandela com Produtores e Cooperativas de Azeite, levam a vontade de produzir e a urgente valorização da actividade dos agricultores.“É precisamente no sentido de levar para a Assembleia de República, para todas as entidades que de algum modo se relacionam com todas estas matérias, levar-lhes esta vontade e a necessidade da valorização da agricultura porque ela tem um valor estratégico para o nosso país” afirma. Para o presidente da AOTAD, as expectativas de obter resoluções, com estas reuniões, para os problemas que o sector olivícola atravessa, são muito baixas.“Dos assuntos que foram apresentados apenas um teve seguimento e nem sequer foi da forma adequada, que foi a questão das geadas de 2007. Aprestamos os mesmos problemas e esperamos que as soluções sejam mais brilhantes” refere. António Branco diz ainda ser vergonhoso que em Portugal exista diferenciação, entre as regiões, quanto ao regadio. E avança também com a questão do emparcelamento.“Não é admissível não haver verbas para novos regadios na nossa região, não há um único regadio neste PRODER para a região de Trás-os-Montes” refere. “É vergonhoso, é incrível como é que isto pode acontecer” acrescenta. Resta aguardar para que os problemas dos agricultores tenham finalmente uma resolução.

As queixas seguem agora com a Comissão de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas até Lisboa.

Escrito por CIR