Qua, 02/02/2011 - 09:55
O rebanho, com cerca de 300 ovelhas, estava num prado, perto das habitações.
Para além das 30 que morreram, muitas também ficaram feridas.
“Tantas horas a trabalhar nisto, e agora estragaram-me tudo” lamenta o proprietário do rebanho, Manuel Lopes. “Este animal não pára de pé” afirma, apontando para um ovelha ferida. “Já morreram uns 30 animais e estão outras para morrer. Outras estão feridas que não comem” acrescenta. “Tinha a cerca tão bem tapadinha com uns plásticos no prado, e não adiantou” salienta.
Manuel Lopes diz que este é o segundo ataque em menos de meio ano.
E aponta o dedo aos responsáveis pelo Parque Natural de Montesinho por largarem os lobos junto às aldeias.
“A culpa é do parque Natural de Montesinho que deitam os lobos, mas eu é que não quero este prejuízo porque trabalho 17 horas por dia e veio agora esta estragação que é a maior desgraça da minha vida” afirma. “Eu não consigo isto porque os animais são o meu sustento e alimento, porque se não fossem os animais, nós morríamos à fome” reforça.
Um prejuízo que ronda os 1500 euros.
Entretanto, fonte do Parque Natural de Montesinho (PNM) confirmou a abertura de um “processo de gestão” sobre este ataque.
No local esteve já uma brigada do Parque a verificar as condições em que terá ocorrido.
O resultado do processo será comunicado ao proprietário.
O PNM tem agora cinco dias para averiguar se estão cumpridas todas as condições para a atribuição de uma compensação ao proprietário pelos animais perdidos.
A mesma fonte adiantou que, tratando-se de uma espécie protegida, é impossível haver largada de animais na natureza.
Escrito por CIR