Bolsas do ensino superior vão ter sistema mais simplificado

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Sex, 28/01/2011 - 18:47


O ministério da Ciência e do Ensino Superior reconhece que o processo de atribuição de bolsas tem de ser melhorado. O atraso na conclusão dos processos tem sido alvo de críticas por parte dos alunos que por causa das novas regras ainda aguardam pelas decisões desde o início do ano lectivo.  

O secretário de estado do ensino superior admite que o sistema tem de ser aperfeiçoado no próximo ano.

“É verdade que algumas instituições ainda não concluíram a confirmação dos pedidos de bolsas para os alunos do primeiro ano. É algo que vai ter de ser radicalmente melhorado no próximo ano. Sabemos que este ano está melhor do que nos anos anteriores, mas não está bom” afirma Manuel Heitor, acrescentando que “temos pedido a todas as instituições para que se mobilizem a fim de acelerar o processo”.

 

Os prazos só terminam no final de Fevereiro.

O presidente do Instituto Politécnico de Bragança acredita que as novas regras permitem fazer uma atribuição de bolsas de forma mais justa.

“A alteração legal que fez com que fosse possível ter acesso ao património dos alunos fez com que muitos nem sequer apresentassem candidatura” refere Sobrinho Teixeira, “pois o seu património assumia um volume que não era condizente com a necessidade de todos nos estarmos a contribuir para a sua qualificação” acrescenta, salientando que “nesse aspecto o sistema está mais justo porque o financiamento foi majorado para os mais carenciados e retirado àqueles que têm mais hipóteses mas que anteriormente não tinham a situação tão clara”.

 

Declarações à margem de uma reunião de uma reunião em Bragança do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) onde foi discutida a importância de reforçar a investigação nos politécnicos.

“Em estreita colaboração com um grupo de peritos internacionais será feito um estudo nos próximos meses sobre como promover, organizar e estimular a actividade de investigação orientada por questões económicas e socioculturais” afirma o secretário de estado.

 

Sobrinho Teixeira, presidente do CCISP, revela que deverão ser criados centros de investigação nos politécnicos do país.

Mas o modelo de funcionamento ainda não está definido.

“Ou vamos criar centros temáticos em função da capacidade existente e das necessidades das empresas e do desenvolvimento regional ou então agrupar as valências por centros em regiões” explica. “É um assunto que teremos de debater”.

 

Uma reunião integrada nas comemorações do dia do IPB.

Escrito por Brigantia