Sex, 24/12/2010 - 11:03
Só numa das padarias da aldeia de Morais, em Macedo de Cavaleiros, já foram criados e vendidos 1500kg de bolo-rei nesta quadra natalícia.
Noutra altura era igual em todo lado, mas agora há para todos os tamanhos, gostos e feitios. Contudo, o mais tradicional continua a ser o mais vendido. Pequenos pedaços de frutos secos e frutas cristalizadas no interior, adornados com açucar em pó e pedações maiores de fruta.
Dona Celeste, trabalha na padaria há mais de vinte anos, e garante ter já feito para cima de um milhão de bolos-rei.
“Nem faz ideia”, atira a padeira, entre risos. “Já anda pelos milhões. Já fizemos bastante mais do que no ano passado”, conta.
Depois de uma tonelada e meia de bolo-rei, Dona Celeste considera a tarefa cansativa. Mesmo assim, ainda há tempo para no Natal confeccionar uma iguaria típica da Páscoa. O freguês assim o exige.
“É cansativo, chegamos às duas da manhã, outros às duas da tarde. Vendemos muito pão e folar, quase todos os dias. O folar aqui é muito bom e é uma maluqueira.”
Mesmo depois do Natal, as fornadas de bolo-rei continuam a sair até à altura dos Reis. De Morais chegam bolos-rei a todos os cantos da região e inclusive ao estrangeiro, pelas mãos dos emigrantes que vêm passar o Natal às origens.
Escrito por CIR