Ter, 21/12/2010 - 11:24
As causas não foram ainda apuradas, mas a hipótese de fuga de gás é a mais provável.
Pelo menos, as autoridades assim o admitem, bem como o povo de Custóias, como é exemplo o amigo da vítima, Luís Oliveira:
“De certeza que houve fuga. Ele não tinha luz, acendia sempre uma vela para se deitar. Ao acender o isqueiro, explodiu. Não foi outra coisa”, opina o vizinho.
A explosão deixou pedaços de telhas e madeira espalhados pelas ruas e telhados da vizinhança, enquanto o barraco de uma única divisão, onde morava António Sequeira, assim se chamava a vítima mortal, ardeu por completo.
Maria Dulce Fonseca vive paredes-meias com o casebre, numa das únicas casas que não está a cair.
Ouviu o estrondo mas foi um vizinho que lhe deu a notícia:
“Vivo da parte de baixo da casa onde ele morreu. Ouvi um estrondo mas pensei que estivesse a trovejar. Nisto vem o meu vizinho a bater à porta, a perguntar-me se estava viva”, contou.
Entretanto, ontem, em Custóias, comentava-se a vida triste que António Sequeira levava:
“Era um pobrezinho. Essa casa estava aí sozinha e foram pedir ao dono para o deixar lá ficar”, conta a vizinha. Já o vizinho conta que a vítima tinha vindo há 24 anos trabalhar para uma quinta e que “era boa pessoa”.
A vítima mortal, António Sequeira, tinha 47 anos e era natural de São Cipriano, em Resende.
Era solteiro e vivia há 24 anos em Custóias, onde trabalhava na agricultura e nas obras. Já não tinha mãe e o pai vive com uma irmã, no Porto.
Escrito por CIR
Foto: Eduardo Pinto