Sex, 10/09/2010 - 09:19
“Essas ZIF’s estão bloqueadas e há aspectos que precisam de ser rapidamente ultrapassados nomeadamente a execução de um cadastro da propriedade rural a nível nacional” refere Pedro Soares, acrescentando que “para que haja uma boa gestão da floresta é preciso saber quem é que tem propriedade florestal, a quem pertence o quê, qual a dimensão, quais os rendimentos que retira, que apoios precisa e que candidaturas a fundos pode fazer”. “Se não houver um cadastro florestal, não é possível” realça.
Pedro Soares sublinha que sem o cadastro da floresta, os proprietários de terrenos florestais não podem candidatar-se a apoios comunitários, essenciais para a manutenção e limpeza das terras.
“Se eu tiver uma pequena empresa mas se ela estiver sem qualquer registo, não a posso candidatar a quaisquer fundos. Para uma pequena propriedade florestal é a mesma coisa” afirma. “Se ela não estiver registada não pode obter financiamento e assim a gestão da propriedade florestal fica diminuída e é preciso ultrapassar esse constrangimento”.
Mas o deputado do Bloco de Esquerda alerta para outros problemas que têm impedido a boa gestão da floresta portuguesa.
“Há o problema do financiamento das próprias ZIF’s. Há uma linha própria de financiamento através do PRODER que tem uma taxa de execução inferior a 1% e nós estamos a meio da execução do PRODER” alerta o deputado bloquista.
“Para haver uma melhor gestão da floresta é preciso que haja financiamento para o seu desenvolvimento” considera “pois se houver melhores condições para a obtenção de rendimentos para os proprietários florestais cria-se capacidade para eles tratem melhor da floresta e diminuir os incêndios”.
A desorganização da floresta é mesmo apontada pelo deputado do Bloco de Esquerda como uma das principais razões para os incêndios que todos os Verões põem o país em sobressalto.
Escrito por Brigantia