Qui, 29/07/2010 - 11:43
O Diário de Notícias avança que na avaliação externa feita pela Inspecção, que decorreu nos dias 28 a 30 de Abril, os avaliadores realçaram como pontos fracos "a falta de eficácia das medidas implementadas para a resolução de conflitos intergrupos e de comportamentos desajustados dos alunos". No relatório disponível no site da IGE é ainda apontado como ponto fraco as notas dos alunos nos exames e provas de aferição, que são inferiores à média nacional e apresentam "evoluções inconstantes".
A conjugação destes pontos fracos com os pontos positivos levaram a IGE a considerar que o agrupamento se encontra no nível Suficiente de classificação.
No entanto, a direcção da Luciano Cordeiro recorreu da nota. "Tendo em conta a escala de avaliação proposta pela IGE, consideramos que o nível de classificação deste domínio corresponde a Bom e não a Suficiente", defendem os responsáveis no contraditório enviado à IGE. No mesmo documento, a direcção apresenta justificações para o aumento de 35 para 41 processos disciplinares ocorridos nos últimos dois anos lectivos.
A escola salienta como "atenuantes" o facto de ter "alunos provenientes de várias instituições de acolhimento" e "um número significativo de [estudantes] etnia cigana". A escola sublinha ainda o facto de estes alunos pertencerem a famílias desestruturadas, sendo que tem 39 alunos a viver em instituições de acolhimento, alguns com historial de comportamentos desviantes. A direcção sublinha ainda que todos os casos foram sinalizados e resolvidos.
Apesar dos aspectos negativos, a IGE elogia a criação do Clube de Segurança, que funcionou pela primeira vez neste ano lectivo. O clube é constituído por alunos mais velhos que se inscrevem para, diariamente, identificar e estar atentos a qualquer caso de conflito e insegurança.
O agrupamento Luciano Cordeiro é constituído por 26 estabelecimentos: 11 jardins-de-infância, 13 escolas básicas do 1.º ciclo, um escola com 1.º ciclo e jardim-de-infância e uma com 2.º e 3.º ciclos, que é a escola-sede, onde estudava a criança de 12 anos que morreu no Tua. Dos 1561 alunos do agrupamento, 31,2% beneficiam da Acção social.
Recorde-se que um relatório da IGE ilibou a escola de qualquer responsabilidade na morte de Leandro, no dia 2 de Março, enquanto ainda se aguardam as conclusões do inquérito do Ministério Público.
Escrito por CIR