Assassino de Ermelo condenado a 14 anos e meio de prisão

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Qui, 22/07/2010 - 17:52


  Catorze anos e meio de prisão para o candidato à junta de Ermelo, em Vila Real, que matou a tiro de caçadeira Maximino Clemente. O crime aconteceu no dia das eleições autárquicas, a 11 de Outubro.

O Tribunal de Vila Real condenou ainda António Cunha ao pagamento de uma indemnização cível no total de 157,500 euros à viúva, Glória Nunes, e aos seis filhos da vítima, que se constituíram assistentes no processo.

 

António Cunha foi condenado pelo crime de homicídio simples, depois do tribunal desqualificar o homicídio qualificado pelo qual estava indiciado por considerar que o arguido sofria de stress de guerra.

 

Ao tribunal, António Cunha confessou ter disparado, disse que estava arrependido e justificou dizendo que há meses que “era ameaçado” e andava com “medo” e “atormentado”.

 

Cerca das 07h30 do dia 11 de Outubro do ano passado, o arguido disparou um tiro de caçadeira de canos serrados atingindo mortalmente Maximino Clemente na cabeça, o marido da candidata à junta de Ermelo e opositora política de Cunha.

 

O colectivo condenou ainda o arguido pelo crime de posse de arma ilegal, mas absolveu-o do crime de posse de arma em local proibido, por considerar que uma assembleia de voto não é um local de manifestação política e que este ainda não estava a funcionar na altura do disparo.

 

O tribunal considerou ainda que António Cunha não apresentou qualquer “credibilidade” quando justificou que disparou porque a vítima se baixou quando o viu e referiu o comportamento “traiçoeiro” do arguido que impediu “qualquer reacção” por parte de Maximino Clemente.

 

António Cunha era o candidato pelo PS à junta de Ermelo e concorria contra a mulher de Maximino, Gloria Nunes, que acabou por ganhar as eleições pelo PSD.

Escrito por Brigantia