Ter, 29/06/2010 - 10:07
Isso mesmo foi denunciado por José Moreno, médico e deputado do PSD na Assembleia Municipal de Bragança, que ontem se realizou.
“Estou em condições de dizer que quase de certeza absoluta que fecha. Sei que houve uma reunião com os trabalhadores. Sei que lhes foi posto o caso de não perderem os empregos mas terão de se deslocar para outros sítios. Ainda não sei para onde mas o mais perto deve ser Vila Real.”
O deputado laranja diz que só uma inversão da actual política da ARS Norte permitirá impedir o encerramento do Laboratório Distrital de Saúde Pública.
“Neste momento só uma inversão do que foi dito é que poderá fazer voltar atrás. Apenas um ou dois dos 13 trabalhadores terão a possibilidade de reforma antecipada.”
Em causa estão 13 postos de trabalho.
Mas de acordo com o director-executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Nordeste a decisão ainda não está consumada.
Apesar de não gravar declarações, Vítor Alves disse à Brigantia que o encerramento ainda não foi decretado mas confirmou a existência dessa proposta da ARS Norte.
No entanto, garante que nenhum trabalhador será despedido, devendo sere recolocados noutras funções.
E aproveitou para mostrar também a sua discordância com este processo, sobretudo pela ausência de “explicações válidas” que justifiquem esta decisão.
Contra esta decisão está também o presidente da Câmara de Bragança.
“Esta retirada é um erro grave. Em 2004, assinámos com o Governo um contrato-programa que envolvia a construção de um centro de saúde, Laboratório de Análises e Centro de Atendimento a Toxicodependentes. Mas, lamentavelmente, só conseguimos construir o centro de saúde. Mas a câmara comprou o terreno para o Laboratório de Análises”, recorda. “Como dizia o actual presidente da Comissão Europeia [Durão Barroso], os transmontanos são sempre os primeiros a sentir a crise, porque não têm voz”, sublinhou.
Mas, apesar da existência de um compromisso firmado com o Governo, Jorge Nunes diz que seria demagógico pedir uma indemnização ao Estado pelo incumprimento, à semelhança do que admite fazer a câmara de Mirandela com a possível saída das Urgências médico-cirúrgicas.
“Não, não, isso seria demagógico.”
Recorde-se que este assunto já chegou à Assembleia da República.
Na última quarta-feira, o deputado do PSD Adão Silva entregou uma pergunta dirigida à Ministra da Saúde.
Até agora, não se conhece resposta de Ana Jorge.
Escrito por Brigantia