Sex, 25/06/2010 - 10:12
Três anos depois, ainda não há sinais da abertura do concurso por parte do Governo.
“Há uma morosidade muito grande. Devia haver um andamento mais acelerado, penso que isto está a demorar demasiado tempo” considera o presidente da junta de freguesia do Parâmio, José Afonso.
Já o presidente da comissão de baldios do Zeive, Manuel Afonso, diz que há ideias, “mas dinheiro é que não. Vamos esperar que o projecto se realize”, apontando “o apoio à terceira idade” como a principal necessidade.
Para já são 14 os terrenos alugados nos concelhos de Bragança e Vinhais, com um rendimento anual de três mil euros.
Dinheiro que, segundo o presidente da junta de freguesia de Babe, ajuda a compor os magros orçamentos das freguesias. “Cada vez há menos dinheiro e devíamos aproveitar a nossa zona para as energias renováveis porque todos podem beneficiar” refere Alberto Pais. Para além da “criação de energia há também o apoio às juntas de freguesia que estão muito limitadas a nível financeiro e só dá, basicamente para a limpeza de valetas e colocação de paralelos”.
O director da empresa irlandesa que pretende instalar as torres eólicas na região de Bragança diz que o estudo de impacto ambiental já está concluído e pronto para ser entregue.
Alexandre Carrelhas explica que falta apenas o Governo abrir o concurso público. “O estudo de impacte ambiental está concluído e já é o segundo ano que estamos a fazer medições de vento em nove torres que agora só são sete porque duas caíram com o gelo no Inverno” refere. “Há que continuar a fazer essas medições para saber exactamente a localização das torres eólicas” acrescenta.
Por outro lado “estamos à espera da atribuição de potência, ou seja, de ligação à rede”. Este processo só será concretizado “no próximo concurso promovido pelo Governo que está previsto para o final de 2012”.
Entretanto, a empresa viu-se envolvida na campanha eleitoral para as autárquicas de Vinhais e decidiu afastar-se daquela região, mantendo apenas o contrato realizado em Mofreita.
O projecto foi, também redimensionado.
Numa primeira fase prevê-se a instalação de 42 torres de um total de 150.
A potência foi reduzida de 600 para 300 megawatts.
Mesmo assim, uma capacidade suficiente para 50 mil habitações.
A partir de 2013 espera a instalação no terreno das primeiras torres.
Para 2014 está prevista a criação do tão ansiado ponto de ligação à rede, que vai permitir inserir a electricidade produzida na rede eléctrica do dia-a-dia.
Esta estrutura ficará instalada em Macedo de Cavaleiros.
Escrito por Brigantia