Qui, 24/06/2010 - 15:24
“Aquilo que o PS sempre disse é que devia haver portagens onde o nível económico das populações estivesse acima da média nacional e daí ter tentado introduzir portagens em três auto-estradas mas o PSD não aceita e exige que todas as auto-estradas sejam portajadas” refere Mota Andrade, acrescentando que “já que é assim o PS só aceita essa medida desde que os residentes e empresas da região fiquem isentos”.
Já Adão Silva, do PSD, diz que é mais justo haver portagens em todas as SCUT do que só em algumas.
Mas sublinha que foi a governação socialista que conduziu a esta necessidade.
“Eu reconheço que as portagens são um encarecimento, mas não há dúvida nenhuma que neste momento o país não contemporiza com situações de gratuitidade e por isso o Governo tem aqui muitas responsabilidades que criou falsas ilusões aos portugueses de que isto era sempre de borla” acusa.
Recorde-se que ontem, após uma reunião entre PS e PSD ficou decidida a introdução de portagens em todas as auto-estradas sem custos para o utilizador, incluindo as que estão em construção, como a A4, que liga Vila Real a Bragança.
Em princípio, residentes e empresas deverão ficar isentos.
Mas os transmontanos não concordam com as portagens.
“Não se devia pagar” considera um habitante. “Não concordo porque Bragança já é uma cidade bastante desfavorecida e por isso deve haver mais compensações relativamente a outra regiões” refere outro cidadão. “Isso pode condicionar o desenvolvimento porque se há portagens, não é tão atractivo para os investidores” adverte outro.
Adão Silva pede, contudo, que haja uma moratória que permita à região transmontana ser compensada pelos anos que outras regiões tiveram auto-estradas gratuitas.
“A auto-estrada transmontana devia ser objecto de uma dilação de tempo para o pagamento das portagens porque seremos os últimos a ter auto-estrada e pelos vistos seremos os primeiros a pagar as portagens” sugere.
Mota Andrade diz que ainda nada está negociado nesse sentido. “Ainda não está nada negociado nem firmado” garante.
Escrito por Brigantia