ACES Nordeste em risco de perder serviços

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Qui, 24/06/2010 - 10:10


Soaram as campainhas de alarme na saúde do distrito de Bragança. O Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia Municipal da capital de distrito suspeita que o Agrupamento de Centros de Saúde do Nordeste vá perder serviços a breve prazo.  

“Durante as ultimas semanas tem havido vários rumores que indicam de que poderemos estar na eminência de assistir a uma nova reorganização da Administração Regional de Saúde de Norte em que vários serviços prestados em Bragança, como é o caso de farmácia, aprovisionamentos, contabilidade e o laboratório distrital de saúde pública, poderão ser deslocalizados para outras localidades do Norte do país” explica Nuno Reis, deputado laranja na AM de Bragança.

 

Em causa poderão estar cerca de 50 postos de trabalho.

Por isso, diz-se preocupado. “Na sub-região saúde de Bragança, na equipa de projecto, trabalham cerca de meia centena de funcionários que têm a sua vida organizada aqui” refere, acrescentando que “tanto quanto nós sabemos está prevista uma reunião para o próxima dia 28 de Junho na ARS Norte onde poderá estar na ordem do dia um possível encerramento do laboratório distrital de saúde pública”.

 

Por isso, já deu entrada na AM um requerimento para ser ouvida a responsável pelo Grupo de Trabalho de Bragança para dar esclarecimentos sobre esta questão.

Mas também Adão Silva, deputado do PSD na Assembleia da República, eleito por Bragança, já entregou uma pergunta dirigida à Ministra da Saúde.

“Eu quero saber em concreto se está ou não a equacionar-se a extinção do laboratório distrital de saúde pública e se assim é onde é que as suas funções vão ser realizadas e por quem” afirma. Por outro lado, também quer saber se “com esta retirada de serviços está devidamente acautelada a prestação deste tipo de serviços num distrito onde as deslocações não são fáceis e saber o que vai acontecer aos funcionários”.

 

Para o deputado laranja, a região tem muito a perder caso esta reorganização dos serviços venha a acontecer.

“Seria uma decisão muito funesta e impertinente para as populações. Isto não corresponde apenas a mais uma retirada de um serviço do distrito mas corresponde sobretudo a uma percarização da vida das pessoas porque com a saúde não se brinca” adverte.

 

A Brigantia sabe que esta é uma questão que se arrasta há mais de meio ano e terá estado mesmo na origem do atraso da nomeação de Vítor Alves para coordenador do Agrupamento de Centros de Saúde do Nordeste.

Contactado pela Brigantia, Vítor Alves, que se escusou a gravar declarações, garantiu que “não vai ser extinto nenhum posto de trabalho e nenhum trabalhador terá de abandonar o distrito”.

Segundo explicou, haverá “novas funções”.

No entanto, sublinhou que o processo de reorganização dos serviços está “bastante atrasado”, pelo que ainda não há uma data prevista para o novo modelo ser implementado no terreno.

 

A Brigantia tentou obter um comentário por parte de Mota Andrade mas o deputado socialista recusou comentar aquilo que chamou de "boatos".

Escrito por Brigantia