Pais de Seixo de Manhoses protestam contra encerramento de escola

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Ter, 15/06/2010 - 10:11


  Os pais das 12 crianças que frequentam a Escola Básica do 1º Ciclo de Seixo de Manhoses, em Vila Flor, não aceitam o seu encerramento no final deste ano lectivo.

Alegam que as condições são melhores que as que vão encontrar na sede de concelho, para onde deverão ser transferidos, no caso de a escola fechar mesmo, no âmbito da decisão do Governo de fechar estabelecimentos de ensino com menos de 21 alunos.

 

Para além de irem à Câmara apresentar os seus argumentos, também já redigiram um abaixo-assinado para enviar a diversas entidades.

 

Edite Roios, porta-voz do grupo, explica porque não concordam com o encerramento da escola de Seixo de Manhoses:

 “A escola é a alma de qualquer aldeia e têm direito à paz e à segurança que a aldeia proporciona.Já avançámos com um abaixo-assinado. Mandámos um outro ofício ao Presidente da República. E vamos continuar com a nossa luta.”

Os populares admitem que a reivindicação possa estar condenada ao insucesso, tendo em conta que o Governo já anunciou a intenção de encerrar todas as escolas com menos de 21 alunos. Mas mesmo assim, querem continuar a lutar:

 

“Provavelmente até será mas achamos que a nossa causa é nobre”, diz. “Obviamente que iremos fazer todos os possíveis mas talvez não vá dar em nada. Só que é um passo para a desertificação e não queremos que a nossa aldeia morra.”

 

Segundo outra mãe de Seixo de Manhoses, Patrícia Sampaio, a preocupação também tem por base a inexistência, por enquanto, de um centro escolar em Vila Flor:

 

“Aceitaríamos de bom grado que os nossos filhos fossem para uma escola melhor, com boas condições. Mas o que nos é oferecido é talvez pior, até porque não há centro escolar em Vila Flor. O que se fala é que irão para uma das escolas mas não sabemos qual. Também vão ter de se deslocar para almoçar, também vão apanhar chuva e andar molhados o dia todo. Aqui sempre estão em casa e rapidamente os mudamos de roupa.”

 

Os pais de Seixo de Manhoses, em Vila Flor, prometem continuar a bater o pé para que a seus filhos possam ficar a estudar na aldeia.

Escrito por CIR