Sex, 04/06/2010 - 11:20
José Silvano adverte a equipa liderada por Henrique Capelas que, caso essa decisão venha a ser tomada, avança para tribunal, denunciando que está a ser violado o protocolo assinado, há três anos, entre o Município e o Ministério da Saúde. Entretanto, Henrique Capelas garante que a urgência médico-cirúrgica vai manter-se.
As declarações foram proferidas durante a sessão de abertura de uma conferência sobre “cirurgia de ambulatório, do presente ao futuro”, onde a administração do centro hospitalar revelou os números conseguidos no último ano, que representam uma das maiores taxas de aumento de cirurgias em todo o país, muito graças ao investimento feito no serviço de ambulatório de Mirandela. José Silvano mostrou-se satisfeito pela criação do serviço de ambulatório para todo o distrito de Bragança No entanto, o autarca deixou um recado ao presidente da administração do CHN. Que a moeda de troca desta aposta não seja o encerramento da urgência médico-cirúrgica.
“O que o Serviço Nacional de Saúde tem um protocolo assinado com a câmara de Mirandela de funcionar aqui uma urgência médico-cirúrgica até haver as acessibilidades todas, com cinco especialidades fundamentais para que toda a população seja tratada. Apostem no ambulatório mas não é por isso que deve deixar de haver urgências.”
Henrique Capelas já desmentiu que seja intenção da administração encerrar a urgência médico-cirúrgica e explica porquê.
“O hospital de Mirandela com certeza que continuará a crescer e a potenciar-se, embora mais especializado no ambulatório. Temos duas urgências e temos de as manter. Temos 140 mil habitantes e uma urgência médico-cirúrgica seria mais do que suficiente, mas estas pessoas estão dispersas por 6500 quilómetros quadrados, duas vezes superior ao Douro e Minho. É uma densidade de habitantes muito baixa, com cerca de 22 habitantes por quilómetro quadrado, contra os 180 do litoral.
Apesar deste desmentido, José Silvano diz ter indicação de vários profissionais de saúde de Mirandela que o encerramento da urgência possa acontecer já em Julho. O autarca social-democrata avisa que, caso isso venha a acontecer, avança para tribunal com a impugnação dessa medida para denunciar a responsabilidade criminal do Ministério da Saúde, por não cumprir o protocolo assinado em 2007.
“Se deixarem de funcionar, a câmara tem a possibilidade de impugnar isto em tribunal, porque tem um compromisso assinado com o Ministério da Saúde.”
José Silvano desconfiado que a administração do centro hospitalar pode estar a apostar forte no serviço de ambulatório, para ter argumentos para fechar aquele serviço.
Escrito por CIR