Qua, 02/06/2010 - 19:07
Com uma estrutura muito semelhante à de outros ralis do Mundial, a prova portuguesa começou com uma superespecial, realizada no Estádio do Algarve, onde os dois pilotos contiveram os ânimos e realizaram os 5 e 6ºs tempos nesta primeira passagem pelo Estádio do Algarve.
O primeiro teste sério da prova portuguesa surgiu na primeira etapa, onde começando com cautelas, Burkhart foi aproveitando os azares alheios para com um andamento rápido e seguro terminar o dia no comando da categoria com uma generosa vantagem para os adversários.
No pólo oposto estava o seu jovem companheiro de equipa. Com 17 anos, o estoniano Karl Kruuda mostrou rapidez mas acabou por sofrer um furo logo na segunda classificativa e depois teve de perder mais tempo ao ficar preso depois de uma saída de estrada. Com tudo isso, Kruuda estava no final da primeira etapa no 5º lugar da categoria.
O segundo dia seria mais duro e de um plantel de 10 inscritos no JWRC, apenas dois pilotos conseguiram chegar ao final da etapa. No lado da Suzuki, Aaron Burkhart depositou as suas esperanças de vitória numa pedra, que o piloto não conseguiu evitar e lhe destruiu o radiador e a frente do carro. O abandono e o recurso ao SuperRally para regressar à competição foram essenciais, mesmo que Burkhart tenha começado entre os mais lentos.
Perante este cenário, a liderança da categoria mudou de mãos e Karl Kruuda conseguiu colocar-se no segundo lugar da geral, beneficiando das penalizações de diversos pilotos. Na etapa final, não sucederam alterações entre os primeiros e na equipa Suzuki Sport Europe, com Kruuda a ficar no segundo lugar atrás de Kevin Abbrick, o vencedor, enquanto Aaron Burkart fechou as contas do pódio.
No final, o ainda líder do campeonato estava conformado com o terceiro lugar obtido. “Para quem terminou o primeiro dia com quase 4 minutos de vantagem para os adversários, este terceiro lugar tem um sabor amargo. Mas vendo esta classificação pelo prisma dos problemas que nos afectaram, o maior dos quais o toque numa pedra que nos forçou a abandonar na segunda etapa e penalizar 15 minutos, o lugar mais baixo do pódio acaba por ser muito bom, excelente em termos de campeonato, onde continuo a liderar. Agora vêm as provas de alcatrão, onde me sinto mais confortável.”
Por seu turno, o jovem Karl Kruuda estava muito satisfeito com o segundo lugar. “Começamos o rali com, um ritmo mais elevado que na Turquia e acabei a fazer uma série de asneiras, entre elas um toque numa pedra que provocou um furo. A partir dai decidimos levar o carro até final do primeiro dia sem mais complicações. No segundo dia começamos mais devagar e tentando corrigir as notas e o nosso andamento, para no terceiro dia assegurar a posição evitando um ataque á liderança que poderia terminar mal. Estou ansioso para começarem as provas de asfalto” completou.
O director da equipa Suzuki Sport Europe, Yasuhiro Ishii, referiu no final que “em primeiro lugar tenho de dar os parabéns aos Karl, pois foi um rali muito duro para um piloto tão jovem, mas conseguiu terminar e conquistar o segundo lugar o que é de salientar. Quanto ao Aaron, foi pena que depois de dominar tenha conhecido problemas com uma saída de estrada que o relegou para o terceiro lugar. Penso que podemos estar felizes com a nossa participação, pois com estes resultados continuamos na liderança do campeonato júnior e com a chegada das provas de asfalto podemos defender essa liderança e desenvolver mais um pouco o nosso carro para esse tipo de piso.”