Ter, 01/06/2010 - 10:56
Ema Gonçalo, directora-adjunta da DREN, confirma que já reuniu com os responsáveis do Conselho Municipal da Educação mas ainda não foi tomada nenhuma decisão definitiva.
Nesta altura, esperam-se as orientações finais do Ministério da Educação sobre a reorganização da rede escolar a nível nacional.
“Não temos decisões tomadas sobre o assunto”, garantiu, admitindo que já reuniu com o “Conselho Municipal”. “O que recomendo é serenidade. Não tomaremos decisões sem que os autarcas sejam ouvidos. O Estado tem o dever de perceber as dimensões e as densidades das escolas. O processo de reordenamento iniciou-se em 2006 e não está completo porque no caso do primeiro ciclo não havia estruturas, que só agora estão a ser construídas. Por isso, este ano faremos alguns acertos a essa rede.”
Mas Ema Gonçalo promete que a situação de isolamento do interior transmontano será tido em conta.
“O Ministério será sensível às realidades locais, às distâncias. Estou em crer que isso vai acontecer e que, apesar de termos enquadramento legal, o estudo local permitirá adequar o que é a orientação genérica às realidades locais.”
A directora-adjunta da DREN admite que haja mais escolas a fechar.
“Este fenómeno do encerramento de escolas foi um fenómeno que não parou”, diz. “Fechar uma escola ali e mudar os meninos para criar densidade de grupo porque pedagogicamente é melhor é um processo que se enquadra no reordenamento. Todos os anos temos feito isto desde 2006. É um fenómeno que se tem feito continuamente.”
Já com os microfones desligados, Ema Gonçalo admitiu que a situação das escolas com menos de 21 alunos não será fácil, e são seis na área de influência do Grupo de Apoio às Escolas da Terra Fria, e que as que têm menos de dez alunos devem mesmo encerrar.
Nesta situação estão as escolas primárias do Zoio, no concelho de Bragança, e de Castro Vicente, no concelho de Mogadouro.
Escrito por Brigantia