Medidas de austeridade desagradam a transmontanos

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Sex, 14/05/2010 - 09:26


O aumento de impostos, anunciado ontem pelo Primeiro-ministro, causou reacções diferentes nos transmontanos. Há mesmo quem acredite que este é o caminho para acabar com o défice.  

“Se forem vistas como uma melhoria da situação económica do país, acho bem, apesar de nem toda a gente estar de acordo com isso” refere Abílio Porto, acrescentando que “todos temos de sentir na pele as dificuldades que vamos ter nos próximos tempos pois há metas para atingir”.

“É um mal necessário” considera Joaquim Queirós, “mas esperamos que toda a gente cumpra porque há sempre quem consiga dar a volta ao assunto e isso não é compreensível nem correcto” salienta.

 

Recorde-se que ontem, em Conselho de Ministros, foi aprovado o aumento de um por cento em todos os escalões de IVA, para além de um aumento de 1,5 por cento nos terceiro e quarto escalões do IRS.

Medidas que desagradam.

“Parece-me mal sobretudo porque isso vai retrair a economia e as condições de vida vão complicar-se ainda mais” considera Baltazar Pires. “Eu não concordo com o aumento de impostos” refere peremptória Graça Lopes. Já Alda Correia diz que “isto é o Governo a dizer-nos que nós temos de pagar a factura que a União Europeia nos está a impor”. Por outro lado, entende que “a nível do consumo, é pena que os bens de primeira necessidade estejam a ser inflacionados ao mesmo tempo que se está a aumentar sobre os nossos salários vai tirar poder de compra e numa região como a nossa vai ter impactos negativos”.

 

Há mesmo quem proponha medidas alternativas para combater o défice. “Primeiro o Estado teria de reduzir a despesa, a começar pelos governantes e depois pelos administradores públicos e depois haver um rigor ao nível das finanças públicas” sugere Baltazar Pires.

 

O aumento de impostos deve vigorar apenas até ao final de 2011.

Escrito por Brigantia