Picote tem primeiro Ecomuseu da Terra de Miranda

Juntamente com o Museu foi já inaugurado um centro de interpretação para explicar aos visitantes tudo aquilo que podem ver na região.

Jorge Jacoto Lourenço, presidente da associação Frauga, responsável pela gestão do espaço, diz que este é um conceito que foge ao museu tradicional.

“Estamos a falar de um Ecomuseu, em que aquilo que existe para ver está no exterior e na sua envolvência. O que temos no edifício, que é um centro interpretativo do ecomuseu, é um “cheirinho” daquilo que as pessoas podem ver e está em toda a Terra de Miranda”, explica, adiantando que está centrado nos quatro elementos: Terra, Ar, Água e Fogo.

A estrutura está instalada no Picote, na zona da barragem, até porque essa é uma zona que oferece aos visitantes muito para ver.

“Por exemplo, quando falamos da água, podemos explorar as diversas utilizações que temos na água. Podem visitar a barragem de Picote, os moinhos de água, os cegonhos, os poços de água, as fontes de mergulho. Quando falamos da terra podem ver as arribas, os castros ou o potencial arqueológico. Quando falamos em fogo podem ver as forjas da região. Já quanto ao ar, podem apreciar o ambiente.”

Jacoto Lourenço diz que o Ecomuseu está agora no início e ainda vai demorar a entranhar-se entre as populações.

Mas está optimista quanto ao número de visitantes.

“Obviamente que temos grandes expectativas”, confessa. “É um projecto novo, não existe outro exemplar daquilo que é a Terra de Miranda. Existe um em Vinhais e outro no Barroso e, no futuro, pretendemos trabalhar em rede com eles. Mas no final do ano, se conseguirmos ter seis ou sete mil pessoas era bom, porque estamos no início.”

A obra está dividida em duas fases. Uma primeira, de construção do edifício do centro de interpretação propriamente dito, custou cerca de cem mil euros.

Uma segunda fase, que corresponde ao recheio da estrutura, está orçada em cerca de 70 mil euros.

Escrito por Brigantia