Seg, 26/04/2010 - 12:05
Não existe uma causa única nem uma solução única para combater a violência nas escolas. A prevenção e optimização da convivência na escola supõem acções de natureza sistémica capazes de fomentar a sensibilização e o envolvimento de todos os elementos da comunidade educativa. Algumas das conclusões deste seminário e que vão integrar um documento recomendação que o grupo do CDS/PP vai levar à próxima Assembleia Municipal de Mirandela. Luís de Sousa, líder do grupo, diz que só faz sentido enviar o documento se vier a obter consenso.
“Se não for consensual não tem força e assim não vale a pena avançar” considera, acrescentando que “deve haver uma resposta para este problema e por isso devemos pedir ao legislador que pondere esta questão e que crie os instrumentos necessário para se controlar este tipo de comportamento”.
Prevenção e Optimização da convivência na escola, uma nova estratégia comunitária, o tema de um seminário que teve a perspectiva das autoridades e dos peritos complementado com um debate de ideias que durou mais de quatro horas.
Um dos oradores deste seminário foi o presidente da CONFAP (Confederação Nacional das Associações de Pais).
Albino Almeida não avançou qualquer reacção aos resultados dos inquéritos da Inspecção-Geral da Educação e da Câmara Municipal, sobre o caso Leandro, preferindo esperar pelo resultado do inquérito judicial.
No entanto, durante a sua apresentação fez questão de avançar um olhar crítico sobre todos os que têm possibilidade de intervir activamente na prevenção deste tipo de situações.
“Os órgãos que a escola e a comunidade têm são para ser usados e abusados” afirma. “Não é possível que a câmara ou o Ministério da Educação tenham andado a pensar que um porteiro tenha de ser porteiro e atender chamadas telefónicas e só tenham dado conta que isso estava errado depois do que aconteceu” refere, acrescentando que “isso é culpa de todos nós e cabe-nos a nós exigir que o ministério dê apoio a quem quer autonomia e organizar as escolas”.
Escrito por CIR