Freguesias do Sabor unem-se para projectos comuns

Uma ideia que nasceu de uma brincadeira entre os presidentes das juntas de Carção e Paradinha Nova, mas que agrega já seis freguesias.

António Santos, de Carção e um dos precursores da ideia, diz que é uma forma de ganharem credibilidade.

“O objectivo fundamental é unir esforços para recolher dividendos, apresentar candidaturas para melhoramentos de vária ordem das juntas de freguesia”, explica. “Foi o Sabor que nos dividiu e agora queremos que nos una”, explica.

A Associação de Freguesias Terras do Sabor foi ontem formalmente constituída, em Bragança, e já tem um projecto em mente.

“Já encomendámos um projecto de internet sem fios para as seis freguesias. Também estamos a pensar dinamizar as margens do Sabor com uma praia fluvial, recuperação de moinhos nas duas margens, estamos também a pensar apresentar uma candidatura na área dos parques fotovoltaicos, para distribuir os rendimentos pelas freguesias associadas.”

Mas Francisco Lopes, de Argozelo, pensa já em unir as várias freguesias através do rio Sabor.

“Esta associação tem o rio Sabor no meio, que tem sido um muro de Berlim, e, por isso, vamos tentar fazer alguns pontões. E Coelhoso tem um óptimo salão onde poderemos fazer uma exposição anual da associação”, disse.

No entanto, apesar de considerar que é um bom projecto, o presidente da câmara de Bragança, Jorge Nunes, alerta para a necessidade de rigor orçamental, uma vez que as receitas das autarquias são cada vez menos.

“Significa que um exercício da racionalidade de despesa e eficácia impõe-se a todos os títulos. Se for feito, é um passo importante. Se for para fazer mais despesa, que não é coberta por receitas próprias, a situação seria complexa. Não é essa a perspectiva das juntas de freguesia e, por isso, será positivo”, diz.

Para já, Argozelo, Carção, Santulhão, Parada, Paradinha Nova e Coelhoso constituem esta associação de freguesias Terras do Sabor, mas há outras já interessadas em participar.

Cada membro comparticipa com dois e meio por cento do seu orçamento, cerca de 500 euros, para despesas administrativas.

Durante os próximos 15 dias deve ser eleito o primeiro presidente desta associação e escolhida uma sede.

Escrito por Brigantia