Folar de Izeda com certificação emperrada

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Sex, 26/03/2010 - 09:51


Está cada vez mais difícil o processo de certificação do Folar de Izeda, em Bragança. É a própria Associação de Desenvolvimento da Região de Izeda quem o admite. O responsável adianta os principais problemas que estão a entravar o processo.  

“Quando se trata de certificar um produto em que há vários produtores a fazê-lo, é muito difícil consegui-lo” admite, porque “obedece a certas e determinadas regras de condições de trabalho e higiene” explica, acrescentando que “a parte financeira também tem os seus custos e para nós seria sempre um entrave.

Por outro lado, diz que não tem sido fácil porque “a maior parte dos expositores de folar de Izeda são produtores sazonais, só fazem o folar para a feira e durante o ano não produzem, por isso, não têm as condições exigidas por lei para poder pedir a certificação do produto”.

 

Apesar destes problemas Rui Simão, da ADRI, promete insistir na certificação do folar nem que seja apenas do que é fabricado numa padaria local. “Certificar todos os produtores de folar não vai ser fácil, mas ainda não desisti” afirma, convicto. “Se não conseguirmos por aí, vamos certificar o folar de Izeda através de uma empresa que produz folar todo ano e tem condições para isso” adianta. Ainda assim, admite que “nós não queríamos avançar para uma certificação individual, queríamos certificar o folar todo. Vamos ver”.

 

A edição deste ano da Feira do Folar de Izeda conta com o maior número de expositores de sempre. “No início tínhamos de telefonar aos expositores e quase pedir para virem a Izeda, mas agora são eles que já nos procuram” conta Rui Simão salientando que “este anos temos 52 expositores dos quais 12 são de folar” revelando que “este anos vamos ter cá um expositor de Valpaços”. “Eles procurou-nos e eu até achei estranho porque no mesmo fim-de-semana decorre lá a feira, mas ele manifestou interesse em vir e vem” acrescenta.

 

A Feira do Folar de Izeda começa esta sexta-feira e decorre até domingo.

São esperados cerca de cinco mil visitantes e conta com um orçamento de 30 mil euros.

Escrito por Brigantia