Sex, 26/03/2010 - 09:49
Apenas cinco dos doze municípios do nordeste transmontano estão empenhados em diagnosticar e caracterizar a população imigrante na região, identificando os seus principais problemas e trabalhando para a resolução dos mesmos: Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro e Mogadouro.
A animadora do Conselho Local da Acção Social de Macedo de Cavaleiros, refere que os imigrantes podem ajudar a desenvolver a região porque “nós temos falta de capital humano e grande parte dos imigrantes que estão no nosso país são uma mais valia ao nível das suas competências”. “Podem ajudar a desenvolver projectos para promover o desenvolvimento da região”salienta Salomé Caturna.
A técnica adianta que no futuro, a intenção é colocar pelo menos um imigrante em cada Conselho Local de Acção Social do distrito. “Este projecto nasceu em Macedo, mas pode estender-se a todo o distrito para trabalharmos numa rede de colaboração, promovendo a integração em todos os concelhos” afirma.
E para isso é preciso que nasçam projectos, com assinatura de imigrantes, em cada um dos concelhos transmontanos.
A integração no mercado de trabalho é agora a maior preocupação do projecto INTEGRAR. “Muitos imigrantes têm cursos superiores só que chegam cá e não têm certificação e têm de passar por um enorme processo burocrático para a conseguirem. Por isso, um dos nossos objectivos é ajudar a desbloquear esse processo para poderem ser integrados no mercado de trabalho em empregos com mais qualidade” explica.
A maioria começa pelas limpezas e pela construção civil, mas o INTEGRAR pretende readaptá-los e abrir-lhes horizontes nas suas áreas de formação.
Para quem não a tem, a finalidade do projecto é ajudar a obtê-la.
O projecto INTEGRAR decorre desde Outubro e termina agora no final de Março.
Escrito por CIR