Centro de Cooperação de Quintanilha com falta de gente

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Qua, 24/02/2010 - 11:38


Já está a funcionar há meio ano mas ainda faltam meios ao centro de cooperação policial e aduaneira de Quintanilha. A constatação foi feita ontem à noite por Armindo Pires, inspector do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras).  

“Neste momento, aqui em Bragança ainda não estamos a funcionar com a vertente operacional em pleno”, sublinha, explicando que a actividade “tem sido sobretudo a troca de informação”. Armindo Pires sustenta que estão dependentes do poder central “para funcionar em pleno”, pois precisam de mais meios. “Pelo menos do dobro das pessoas que estão lá, que nesta altura são oito”.

Para o inspector do SEF, a equipa luso-espanhola que actualmente está a funcionar no antigo posto fronteiriço de Quintanilha, poderia fazer muito mais se tivesse mais meios humanos.

“Podemos estar mais no terreno e ir um bocadinho mais além, observar mais o trânsito”, explica.

Por outro lado, e numa altura em que o terrorismo atravessa fronteiras na região transmontana, como se constatou com os etarras apanhados em Moncorvo, ainda não estão criadas condições para haver uma força anti-terrorismo conjunta entre Portugal e Espanha.

Essa é, pelo menos, a convicção de Isabel Valente, investigadora e representante do Team Europe, da Comissão Europeia.

“Essa força já existe através dos CCPA. Poderá haver uma específica para o combate ao terrorismo mas ainda não há condições para uma força única a nível de Península Ibérica, pois isso coloca questões de soberania.”

Ideias expressas ontem à noite, à margem de uma conferência sobre segurança transfronteiriça, promovida no âmbito dos 97 anos da GNR de Bragança.

Escrito por Brigantia