Qui, 18/02/2010 - 11:14
As figuras enigmáticas do nordeste transmontano, que já estiveram praticamente em vias de extinção, são agora cada vez mais acarinhadas e não faltam facanitos para não deixar morrer esta cultura.
A aposta da edição deste ano foi a noite da máscara mágica, que segundo a organização, teve um resultado positivo.
Podence teve no segundo dia de Entrudo Chocalheiro um apagão. Propositado, claro está, ou não fosse a noite intitulada de mágica. De máscara no rosto e tocha na mão, desde o largo da igreja à casa do Careto, finalizando com a queima da noiva e um baile tipicamente carnavalesco, proporcionado pelos Roncos do Diabo, um grupo de música tradicional.
“Essa actividade foi bem conseguida, tivemos as ruas de Podence completamente cheias. É uma nova actividade que é para fazer nos próximos anos”, garante.
Nos anos 70/80 do século passado, a tradição dos Caretos esteve praticamente extinta, mas hoje a reviravolta foi total. Não faltam jovens com vontade de vestir o fato, aos quais se apelida de facanitos, e está alargada assim a sobrevivência da cultura nordestina.
“Cada vez há mais adeptos em ser caretos e conseguimos mais facanitos a cada ano. Os caretos recomendam-se, o Entrudo Chocalheiro foi uma aposta ganha. É um evento que faz parte do cartaz turístico do Nordeste Transmontano.”
A provar a vitalidade do Grupo de Caretos de Podence estão os convites para iniciativas no estrangeiro. Já este fim-de-semana os Caretos de Podence estão à solta na Galiza e no próximo viajam até França, mais uma vez.
Escrito por CIR